“Precisamos olhar a oportunidade de transformar o mercado de carbono em uma commodity global”, diz governador do Pará 273t2b
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Durante participação no Global Agribussines Festival (GAFFFF) nesta sexta-feira (06), o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, concedeu entrevista coletiva e falou sobre a ação movida pelo Ministério Público Federal (MDF) na Justiça Federal paraense na última terça-feira (04), pedindo a suspensão imediata e a anulação do contrato internacional de cerca de R$ 1 bilhão firmado entre o governo estadual e a Coalizão Leaf para compra e venda de créditos de carbono. “Nós já tivemos, por parte do Conselho Nacional do Ministério Público, a validação da estratégia do Estado do Pará. Respeito que, isoladamente, haja uma manifestação contrária, pois vivemos em um país democrático. Caberá, obviamente, à justiça fazer a avaliação. O que eu defendo é que nós devemos valorizar floresta viva, e só se conseguirá valorizar floresta viva agregando valor a ela. Floresta viva tem que valer mais que floresta morta”, enfatizou o governador.
O político reforçou que o Brasil tem o maior estoque de floresta tropical do mundo, e que devemos aproveitar para transformar isto em um importante ativo econômico. “Lembrando que os recursos oriundos do mercado de carbono serão revertidos para os guardiões da floresta, povos indígenas, quilombolas, extrativistas, e para os produtores rurais que cumpram com práticas sustentáveis. Precisamos olhar diante de nós a oportunidade de transformar o mercado de carbono em uma nova commodity global, e nos posicionar como líder dessa agenda”, completou.
Na ocasião, Barbalho enfatizou que a produção e a preservação devem estar lado a lado, dialogando, e que não há qualquer conflito da agenda ambiental com a agenda produtiva. “O Estado do Pará está trabalhando para promover cada vez mais a conciliação entre produção e sustentabilidade. A COP-30 será um importante momento para discutir e ampliar essas questões”, explicou.