Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta 6ª feira com e do câmbio e clima no Brasil 6c416r

Publicado em 26/08/2016 12:48

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) avança cerca 200 pontos nesta tarde de sexta-feira (26) e dá sequência aos ganhos registrados na sessão anterior. Os operadores externos seguem atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil, mas também repercutem o câmbio. O dólar recua após o discurso da presidente do Fed, Banco Central dos Estados Unidos. Com esse novo avanço, os preços externos do grão já estão próximos de US$ 1,50 por libra-peso. 2h2w44

Por volta das 12h27, o contrato setembro/16 registrava 143,50 cents/lb com 135 pontos de alta, o dezembro/16 tinha 146,65 cents/lb com 220 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,80 cents/lb também com 220 pontos de valorização e o maio/17 anotava 151,65 cents/lb com 215 pontos de valorização.

Os operadores no terminal externo estão atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil e as floradas que já apareceram em algumas localidades. Há o temor de que caso as chuvas não continuem, as floradas possam sofrer abortamento, comprometendo o potencial produtivo das lavouras na safra 2017/18.

Após o clima mais quente e seco nos últimos dias, as chuvas devem voltar às áreas produtoras de café nos próximos dias com uma frente fria que avança pelo Centro e Sul do Brasil. No entanto, os acumulados devem oscilar entre 10 e 20 milímetros.

Estimativa da Safras & Mercado, divulgada na quinta-feira (25), aponta que a colheita brasileira estava em 91% até dia 23 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 50,06 milhões de sacas. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.

Além das questões fundamentais, o mercado também repercute o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. Às 12h10, a moeda norte-americana caía 0,91%, vendida a R$ 3,2023, repercutindo o discurso da presidente do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, que aumentou a expectativa de aumento nos juros do Estados Unidos. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja os embarques do grão, mas tende a fazer os preços subirem.

Já no mercado interno, o cenário é o mesmo. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas e isso vem inviabilizando o aumento da liquidez na maior parte das regiões produtoras valendo a reflexão de que este comportamento não tem tido força para mudar os preços de patamar", explicou ontem (25) o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Na quinta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 481,09 com alta de 1,95%.

» Clique e veja as cotações completas de café

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Colheita de café do Brasil atinge 20% do total e se aproxima da média, diz Safras & Mercado
Nova safra de café robusta consolida os preços mais baixos no fechamento da sessão desta 6ª feira (30)
Expocacer adota gestão preventiva para driblar os gargalos logísticos dos portos brasileiros
Colheita de café na Alta Mogiana segue lenta, com produtores aguardando melhor maturação do grão
Mapeamento de qualidade de café auxilia cafeicultores na identificação de cafés especiais no Cerrado Mineiro
ICE mudará precificação de contratos de café arábica para toneladas métricas
undefined