Feijão ao sabor da sorte 3v548
Cada dia há mais possiblidades de abastecimento para os empacotadores que estão se digladiando, não na compra e, sim, do outro lado da mesa, com o varejo. Os produtores pensam que o problema está ali, no próximo elo da corrente, mas na verdade o tema é mais complexo. O fardo de Feijão de 30 quilos varia, e muito. Pode ir de R$ 70 até R$ 90 no Nordeste. 4h2p33
Em São Paulo, varia de R$ 90,00 até R$ 130,00. A primeira marca de cada empacotador, fora de áreas mais economicamente privilegiadas, vende muito pouco. As marcas de combate estão em promoção e nos encartes dos supermercados de todo o Brasil. Para o consumidor, nada melhor, após ter pago caríssimo no ano ado. Mas empacotadores e supermercados têm algo em comum, Feijão se torna um mal negócio. Empresas empacotadoras de arroz, que nos últimos anos têm diversificado seu mix, incluindo o Feijão, estão com péssimo humor, pois tanto o arroz como o Feijão estão com preços baixos. Com custo fixo alto, o faturamento baixo vai colocando o ano de 2017 como um dos piores nos últimos 5 anos. Há risco sistêmico de insolvência, ou seja, de calote mesmo, o que já atinge os menos capitalizados. Isto destaca a falta de gestão e direcionamento na cadeia produtiva.
Com o crescimento de áreas de plantio, há necessidade que haja planejamento, pois o produto é básico e dos mais importantes. Neste sentido, o IBRAFE apoiará e fará parte do Conselho Nacional do Feijão e Pulses, que está sendo formado hoje em Brasília com apoio de várias instituições. Organizar é o caminho ou seguiremos erráticos, ao sabor da sorte ou do azar, como em uma mesa de pôquer, só que jogando com a vida de milhões de pessoas.