IEA alerta para possível crise de oferta de petróleo após 2020 3r316v

Publicado em 06/03/2017 15:07

4f2m5j

LONDRES (Reuters) - A oferta global de petróleo poderá ter dificuldades em se igualar à demanda após 2020, quando o resultado de um declínio de dois anos nos investimentos em nova produção poderá deixar a capacidade ociosa em uma mínima de 14 anos e elevar os preços acentuadamente, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.

Investidores no geral não estão apostando em uma alta acentuada no preço do petróleo no curto prazo, mas a contração nos investimentos globais em 2015 e 2016 e a crescente demanda global significam que o mundo pode ar por um crise de fornecimento, caso novos projetos não recebam aval em breve, disse a IEA em sua relatório de cinco anos de análise de mercado.

A maior parte do aumento na oferta deverá vir dos Estados Unidos, onde a IEA disse que a produção de óleo de xisto irá crescer em 1,4 milhão de barris por dia até 2022, mesmo se os preços se mantiverem próximos dos níveis atuais de 60 dólares por barril, e a resposta do lado de produção pode ser mais forte se os preços subirem.

"Os Estados Unidos respondem mais rapidamente a sinais de preços do que outros produtores. Se os preços subirem para 80 dólares por barril, a produção de xisto dos EUA poderá crescer em 3 milhões de barris por dia em cinco anos", disse a IEA.

Se os preços se mantiverem mais perto de 50 dólares, a produção de xisto poderá cair a partir do início da próxima década.

"Estamos testemunhando o início da segunda onda de crescimento na oferta dos EUA, e seu tamanho dependerá de onde os preços estiverem", disse Fatih Barol, diretor-executivo da IEA. "Não vemos um pico na demanda de petróleo no futuro próximo. E a menos que os investimentos globais se recuperem acentuadamente, um novo período de volatilidade nos preços se aproxima."

(Por Amanda Cooper)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Presidente do Conselho Europeu viajará ao Brasil para reforçar laços de investimento
Dólar reverte ganhos e fecha em baixa após governo recuar em medidas do IOF
Ibovespa reage e avança em pregão com IOF e novas ameaças de Trump sob holofote
Perspectiva de não consolidação fiscal contamina ativos e impacta política monetária, diz Picchetti, do BC
UE aguarda esclarecimentos dos EUA sobre ameaça de tarifa de 50% de Trump
Zucco pede convocação de Haddad para explicar barbeiragem econômica do IOF: "Governo atropela a lei e confisca o bolso do brasileiro"
undefined