IPCA-15 desacelera em abril, mas tem em 12 meses maior taxa em mais de 4 anos 322c54

Publicado em 27/04/2021 09:58 e atualizado em 27/04/2021 11:59

4f2m5j

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - A pressão dos preços da gasolina arrefeceu e ajudou a prévia da inflação oficial brasileira a desacelerar em abril, mas ainda assim o IPCA-15 disparou em 12 meses bem acima do teto da meta do governo e para o maior nível desde o final de 2016.

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,60%, abaixo da taxa de 0,93% vista em março e contra expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,68%.

Apesar desse alívio, no acumulado em 12 meses a alta do IPCA-15 chegou a 6,17%, de 5,52% no mês anterior e expectativa de 6,25%.

O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa base de comparação é o mais elevado desde dezembro de 2016, quando a alta do IPCA-15 chegou a 6,58%.

E vai ainda mais acima do teto da meta do governo para este ano, que é de uma inflação de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Os Transportes continuaram exercendo o maior peso sobre o índice, com alta de 1,76%, ainda que abaixo da taxa de 3,79% de março.

A gasolina continua pesando, apesar de o avanço dos preços ter diminuído para 5,49% em abril, de 11,18% em março-- após sequência de reajustes nas refinarias em fevereiro e março, houve duas reduções no preço da gasolina no final do mês ado, destacou o IBGE.

O óleo diesel subiu 2,54% e o etanol teve alta de 1,46%, de 10,66% e 16,38% respectivamente no mês anterior.

Por outro lado, os preços de Alimentação e bebidas aram a subir 0,36% em abril, de 0,12% antes, com pão francês (1,73%) e leite longa vida (1,75%) deixando para trás os recuos de março.

Os preços também aumentaram mais no grupo de Saúde e cuidados pessoais, cuja taxa chegou a 0,44% em abril, de 0,24% em março. O reajuste em 1º de abril de até 10,08% levou os produtos farmacêuticos a subirem 0,53%, de 0,29% em março.

Em meio à desvalorização do real, o cenário inflacionário no Brasil tem sido observado com cuidado, com perspectiva de aumento da taxa básica de juros e sucessivas altas nas projeções para o IPCA.

O Banco Central já elevou a Selic em 0,75 ponto percentual, a 2,75%, e indicou outra alta do mesmo valor para maio. Na pesquisa Focus, realizada pelo BC com uma centena de economistas, as perspectivas para a inflação este ano vêm aumentando, e estão agora em 5,01%, com a Selic a 5,50%.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros, mas acumula alta em maio
Dólar sobe quase 1% puxado por exterior e fecha semana acima dos R$5,70
Juros futuros sobem puxados por PIB forte no Brasil e desconforto com IOF
Trump diz que conversará com Xi e espera resolver questão comercial
Governo do Japão diz que concordou com os EUA em acelerar negociações comerciais
Wall Street teme que imposto sobre investimento estrangeiro reduza demanda por ativos dos EUA
undefined