Argentina busca acordo comercial com EUA em meio à iminência de tarifas de Trump 4c656l

Publicado em 01/04/2025 08:42 e atualizado em 01/04/2025 10:22

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Por Nicolás Misculin

BUENOS AIRES (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, se encontrará com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, nesta terça-feira, em uma viagem com o objetivo de estabelecer as bases iniciais para um acordo comercial entre os dois países, mesmo com o presidente norte-americano, Donald Trump, a caminho de impor tarifas abrangentes.

A visita de Werthein a Washington ocorre um dia antes de Trump anunciar tarifas recíprocas em 2 de abril, apelidado de "Dia da Libertação" pelo presidente dos EUA, que terá como alvo todos os países e poderá abalar o comércio global.

Governos de todo o mundo estão procurando maneiras de evitar as tarifas e fazer acordos com o líder dos EUA.

A Argentina - produtora de grãos, lítio e energia, que teve um comércio bilateral de US$13 a 16 bilhões com os EUA no ano ado - está procurando aproveitar os laços ideológicos entre Trump e seu presidente Javier Milei.

Em uma declaração antes da viagem de Werthein, o governo argentino disse que ele se encontrará com Rubio para "fortalecer a aliança estratégica" entre os dois países.

As discussões com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, terão como objetivo "fortalecer o comércio bilateral e começar a estabelecer as bases para um acordo comercial sólido", afirmou.

Milei, que, ao contrário de Trump, está procurando derrubar a maioria das barreiras comerciais sob sua estratégia econômica de livre mercado, tem buscado um acordo comercial com Washington desde que assumiu o cargo em 2023, mas intensificou os esforços neste ano.

Ele foi o primeiro líder mundial a se encontrar com Trump após sua eleição e um dos poucos que compareceram à sua posse. Trump chamou Milei, que deseja reduzir o tamanho do Estado, de seu "presidente favorito".

Milei também se encontrou várias vezes com o bilionário Elon Musk, sendo que sua "motosserra" econômica foi uma inspiração para os cortes nas agências federais dos EUA.

Fonte: Reuters

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