Goiás registra primeiro foco de Ferrugem Asiática na safra de soja 21/22; Consórcio Antiferrugem confirma 16 casos no país 153z1f

Publicado em 14/01/2022 10:59
Na safra ada já eram 38 casos neste momento e 166 focos no ciclo 2017/18

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A região de Rio Verde no estado de Goiás identificou o primeiro foco de Ferrugem Asiática na safra de soja 2021/22. A descoberta se deu pelo Sindicato Rural de Rio Verde em conjunto com o Grupo Associado de Pesquisas do Sudoeste Goiano (Gapes) e a consultoria Xecape Rural.

Segundo o pesquisador do Gapes, Túlio Gonçalo, a recomendação a partir de agora é diminuir o intervalo de aplicações para 14 dias, associar o uso de multissítios e proteger a lavoura até 20 dias antes do encerramento do ciclo da cultura.

Gonçalo destaca ainda que a eficiência destes controles é essencialmente preventiva, e que uma vez instalado o esporo na lavoura a eficácia dos produtos cai drasticamente, o que reforça a necessidade dos cuidados de prevenção.

De maneira geral no Brasil, a safra de soja 21/22 já tem outros 16 casos confirmados de Ferrugem Asiática pelo Consórcio Antiferrugem da Embrapa. São 6 ocorrências no Paraná, 4 no Mato Grosso e em São Paulo e 1 em Minas Gerais e em Roraima.

Neste mesmo período da safra anterior, o Brasil já registrava 38 casos pelo Consórcio Antiferrugem e terminou o ciclo com um total de 377 ocorrências. Na safra 2017/18, quando o país fechou um total de 643 casos confirmados, havia 166 focos até o dia 14 de janeiro.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, a baixa frequência de chuvas na região sul nos meses de novembro e dezembro tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras, não favorecendo também a incidência de doenças, incluindo a ferrugem-asiática.

Já na região centro Norte, onde há excesso de chuvas, o que tem sido favorecido é a incidência do mofo-branco, em regiões com inóculo do fungo. “Embora a ferrugem-asiática seja favorecida por chuvas bem distribuídas, o excesso de chuvas pode limitar sua disseminação, lavando os esporos das folhas infectadas”, explica Godoy.

A pesquisadora ainda ressalta que, “as condições climáticas até o final de dezembro, com extremos nas duas regiões, explicam o menor número de relatos da doença em relação às safras anteriores até o final de dezembro. Porém, há necessidade de maior cuidado com as lavouras ainda em desenvolvimento, principalmente nas regiões onde as chuvas estão mais regulares e as aplicações de fungicidas estão sendo comprometidas pelas condições climáticas”.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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