Raízen retomará operação da usina Bom Retiro; usará cana energia, diz fornecedor 452j2x

Publicado em 29/06/2016 13:23

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Por Marcelo Teixeira

SÃO PAULO (Reuters) - A Raízen, maior produtora de açúcar do mundo, retomará as operações da usina Bom Retiro em meados de 2017 utilizando a chamada cana energia, uma variedade mais produtiva, com os preços futuros da commodity mais altos no mercado global do que estavam em 2015, quando as atividades na unidade foram paralisadas.

A informação é de uma importante fornecedora que participa do projeto, a Vignis, que relatou que as operações na Bom Retiro devem ser retomadas em julho do próximo ano.

A Raízen, t venture entre Cosan e a Shell, paralisou as operações da unidade na região de Piracicaba (SP) em meio a problemas com a oferta de cana na área, onde a Raízen opera outras quatro usinas.

A companhia não comentou imediatamente a informação da Vignis, uma companhia de biotecnologia responsável por novos canaviais para a usina.

Atualmente, os preços do açúcar bruto em Nova York estão oscilando nos maiores níveis desde 2012, com o mercado se preparando para déficits globais do produto.

"Eles vão moer 500 mil toneladas no primeiro ano, aumentando para 1 milhão de toneladas em 2018", afirmou à Reuters o presidente da Vignis, Luis Claudio Rubio.

Quando parou as operações, a unidade tinha capacidade de moagem de cerca de 1,4 milhão de toneladas por ano.

A empresa irá utilizar uma variedade de cana diferente da tradicional no projeto, conhecida como cana energia. Ela é mais fina que a cana-de-açúcar comum, mas pode produzir até o dobro por hectare.

"É um híbrido que estamos desenvolvendo por quase 10 anos. Será a primeira vez que uma usina de açúcar no mundo vai operar com esse tipo de cana", disse Rubio.

O uso da cana energia exige adaptações do maquinário industrial e agrícola da usina, uma vez que possui um formato diferente e mais fibras que a variedade tradicional.

Segundo Rubio, a Raízen pretende usar a unidade Bom Retiro como um projeto piloto para testar a nova variedade, de olho na possibilidade de no futuro ampliar o uso da cana energia para mais unidades em suas 24 usinas no Brasil.

Fonte: Reuters

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