Redução de PIS/COFINS e fim da Cide podem ser compensados pela volta da arrecadação dos royalties, sugere Fecombustíveis 6b735c

Publicado em 22/05/2018 13:58
Conheça o peso dos impostos na formação de preços dos combustíveis e saiba como a política de ajustes da Petrobrás se tornou vilã com alta do barril do petróleo no mercado internacional e variação cambial
Paulo Miranda Soares - Presidente da Fecombustíveis

Podcast 3z424d

Entrevista com Paulo Miranda Soares sobre os impostos dentro da gasolina e diesel 50103w

 

Paulo Miranda Soares, presidente da Federação Nacional de Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), conversou com o Notícias Agrícolas nesta terça-feira (22) para comentar a reivindicação dos caminhoneiros por uma redução nos preços dos combustíveis. Os caminhoneiros alegam que a política de ajuste diário de preços e os altos impostos cobrados são os principais responsáveis pelas altas.

Soares destaca que a Petrobrás, que ou por dificuldades anteriormente, caminha para um longo processo de recuperação, o que fez com que a estatal adotasse a política de vender os produtos de acordo com as bolsas de valores do mundo. Desta forma, o Brasil ou a ter o diesel mais caro do mundo.

Na questão dos impostos, a gasolina é a mais prejudicada, com uma média de 43% de seu preço sendo composto por estes. Como o número representa uma média nacional e cada estado possui a cobrança própria de ICMS, o Rio de Janeiro tem a gasolina mais cara do país, com 51% do preço referente a impostos. No diesel, a média nacional de impostos é de 27%.

Para Soares, a sugestão seria que o governo mudasse a forma de arrecadação do ICMS para que este tivesse um valor fixo para todos os estados, evitando o contrabando e a sonegação fiscal. Além disso, ele também acredita que não seja o momento de aumentar a porcentagem de biodiesel no diesel para 15%, pois isso encareceria o produto, bem como a redução do PIS/Confins e o fim da Cide poderiam ser compensados pela volta da arrecadação dos royalities.

Os postos de gasolina, segundo o presidente, também enfrentam a menor margem de comercialização já registrada, já que estes absorveram parte dos aumentos impostos.

Amanhã (23), a Fecombustíveis tem uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para colocar essas sugestões em pauta e conhecer aquilo que o governo tem condições de fazer. "Vamos aguardar para ver se o Governo está preocupado com o consumidor brasileiro", aponta.

Leia também : 

>> Após reunião com governo, presidente da Petrobras diz que política de reajuste dos combustíveis não muda

>> Arrecadação de royalties no Brasil cresce 38,5% até abril e rende R$ 3,5 bilhões a mais

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Brasil livre da febre aftosa traz desafios para a defesa agropecuária, avalia Anffa Sindical
Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado
Índia reduz imposto de importação sobre óleo vegetal
Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio"
CMN autoriza prorrogação de dívidas para produtores rurais gaúchos
ANDA debateu regulamentação de bioinsumos
undefined