Semana encerra com preços firmes para o boi e negócios acontecem até a R$ 153,00/@ à prazo em SP. Pecuaristas pedem mais 332h50

Publicado em 22/01/2016 10:48
Duas realidades para a oferta. A primeira é para a região Centro-Norte do país, onde o volume de animais prontos para abate é pequeno por causa da estiagem e a segunda está relacionada à estratégia do pecuarista no Sudeste e Sul do país de reter os animais à espera de melhores preços

Os preços para arroba do boi gordo encerraram mais uma semana com preços firmes. Em São Paulo já há registro de negócios até R$ 153,00/@ à vista, e a pressão de alta continua. 5o4546

No decorrer da semana o levantamento da Scot Consultoria apurou dois reajustes de preço nas praças paulistas. Segundo o analista da Consultoria, Alex Santos Lopes, a recuperação dos pastos devido ao bom volume de chuvas tem possibilitado a retenção, por parte dos pecuaristas, da oferta de boiadas em algumas regiões. Nas demais localidades o atraso nas chuvas é que ter retardado a disponibilidade de animais a pasto.

"Embora emos por um cenário de redução de demanda e dificuldade de escoar a produção, em função de ser janeiro e a população estar descapitalizada, mas esse efeito acaba sendo camuflado pela falta de oferta que temos hoje", explica Lopes.

Diante desse cenário as perspectivas são de novos reajustes positivos no preço da arroba, considerando um incremento na venda de carne no período do feriado de carnaval, e uma possível saída de pecuaristas do mercado. Para o analista, até as duas primeiras semanas de fevereiro a possibilidade de novas altas é considerável.

De acordo com ele, as indústrias ainda possuem margem para arcar com a matéria prima mais cara, no entanto, desde o inicio do ano houve um queda de 5% na margem de lucros dos frigoríficos em São Paulo, devido aos custos mais altos e a dificuldade de rear o aumento no preço da carne.

Exportações

Embora o cenário seja otimista para as exportações em 2016, as recentes quedas no preço do petróleo acenderam um sinal de alerta para a indústria de carne bovina do Brasil. Países que tem sua economia baseada no petróleo e já haviam reduzido o volume de embarques no ano ado, como Rússia e Venezuela, podem retrair ainda mais as importações.

Ainda assim, a abertura de novos mercados, a possibilidade crescente de habilitação aos Estados Unidos, e a carne 'in natura' brasileira altamente competitiva no mercado internacional - reflexo da taxa de câmbio - são fatores que faz os analistas apostarem em um ano positivo para as vendas externas, assim como foi em 2015.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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