Diferencial de preço entre Goiás e São Paulo praticamente dobrou nos últimos dias e já ultraa os R$17,00/@ 1c456s

Publicado em 11/05/2017 10:06
Pecuatista goiano está desanimado a atividade e já fala em deixar pecuária. Esse ano já optou por não fazer confinamento
Confira a entrevista com Jesus José de Oliveira - Pecuarista

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Jesus José de Oliveira - Pecuarista 495cf

 

A pecuária nacional atravessa um momento de grande apreensão. Os prejuízos causados pelo baixo preço da arroba têm desestimulado muitos pecuaristas.

Jesus José de Oliveira, possui fazenda de gado em Mundo Novo (GO), com produção média de 2 a 3 mil cabeças/ano, mas está considerando sair da atividade. "Os riscos ficaram muito grandes, para se ter uma idéia não irei confinar neste ano", diz.

Goiás é o estado referência no confinamento e sempre teve um diferencial de base com São Paulo em aproximadamente R$ 10/@. Mas, atualmente essa diferença entre o preço recebido nas praças paulistas para Goiás ultraa os R$ 17 por arroba.

Antes da operação Carne Fraca, os preços já não eram tão atrativos como em 2016, porém chegavam a R$ 135/@. Hoje a realidade das ofertas de compra está abaixo dos R$ 127/@ [sem desconto do Funrural], se aproximando do patamar praticado nos estados do norte e nordeste.

"Hoje a atividade não remunera o capital, nem em termos de aplicação financeira", lamenta Oliveira. A ausência dos contratos a termo têm tornado a situação ainda mais grave. O pecuarista alega que não há "previsão de preço de venda", fator de desestimula e prejudica o planejamento da atividade.

Embora haja outras opções de proteção de preço no mercado futuro, como os contratos de opção de venda e compra, Oliveira afirma que a grande maioria dos produtores não possui recursos necessários para fazer o aporte dos contratos na Bolsa de Mercadorias e Futuros.

Para os próximos meses a situação poderá se agravar. Nos meses de junho e julho deveremos ter o pico da oferta de safra coincidindo "com a chegada da desmama, período que ocorrer desova de fêmeas no mercado, provocando achatamento nos preços", lembra.

Assim, a expectativa é de preços deprimidos no curto e médio prazo; demanda interna e externa evoluindo a os lentos; e, a possibilidade de um desequilíbrio entre oferta e demanda no longo prazo, caso muitos pecuaristas resolvam sair da atividade.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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