Milho registra dois meses de desvalorizações no mercado interno e tendência deve seguir até agosto 43605u

Publicado em 03/05/2019 10:03
Expectativa de grande produtividade na safrinha pressiona as cotações, que só devem voltar a se recuperar entre os meses de setembro e outubro. Quem ainda não vendeu seu milho deve armazenar e aguardar a recuperação dos valores.
Rafael Ribeiro de Lima - Zootecnista - Scot Consultoria

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O mercado interno do milho vem registrando desvalorização nas referências há dois meses e a expectativa é que essa pressão de baixa nas cotações deve seguir até agosto. Atualmente, dois fatores estão influenciando nessa queda das cotações que é a expectativa de aumento na produção e as condições climáticas favoráveis para a safrinha.

De acordo com o Zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima, o cenário atual é pressão de baixa sobre as cotações do cereal no mercado interno. “Na realidade, essas quedas nos preços já estavam ocorrendo desde março, sendo que a partir de abril foram registrados recuo ao redor de 12% no acumulado do mês e dependendo da região”, afirma.

As estimativas de safras em cada estado devem ficar acima da média, ou seja, é um cenário muito favorável e diferente do que foi acompanhando no ano ado. “Na temporada anterior foi marcada por quebras na produtividade devido ao clima adverso. Neste ano tivemos chuvas entre fevereiro e março, sendo que agora podemos ver a continuidade dessas precipitações”, comenta.

Os contratos futuros negociados na Bolsa Brasileira apontam que essa pressão deve seguir até o final da safra. “O mercado tem possibilidades de queda e eu acredito que esse cenário baixista vai ganhar um pouco mais de força no momento da colheita”, ressalta.

O zootecnista salienta que os produtores rurais que precisam vender milho foi no primeiro trimestre. No caso dos que necessitam comprar o cereal o melhor período é agora com entrega após a colheita. “Para os pecuaristas que precisam comprar milho o melhor momento é em maio e junho com a proximidade da colheita”, pontua.

Por: Guilherme Dorigatti e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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