Paraná encerra safrinha de milho com produtividades abaixo da expectativa e variando de 30 à 140 sc/ha 673l2

Publicado em 06/09/2022 10:24
Clima foi positivo e geada não prejudicou, mas alta pressão de cigarrinhas afetou muitas lavouras e deixou lições para os produtores pensando nas próximas temporadas. Plantio da soja deve começar nos próximos dias com alinhamento de boas condições climáticas
Eduardo Costa Cassiano - Presidente da Aprosoja PR

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Paraná encerra safrinha de milho com produtividades abaixo da expectativa e variando de 30 à 140 sc/ha 673l2

Com a colheita da segunda safra de milho praticamente encerrada no Paraná, a cigarrinha foi eleita a grande vilã desta temporada pela Aprosoja estadual, uma vez que atuou para retirar produtividade das lavouras, mesmo com boas condições climáticas ao longo do ciclo. 

Segundo o presidente da Aprosoja PR, Eduardo Costa Cassiano, o temor por geadas não se concretizou e as perdas foram concentradas mesmo nas cigarrinhas. As produtividades paranaenses variaram entre 30 e 140 sacas por hectare, o que dá uma perspectiva de média estadual em torno de 80 sc/ha, patamar menor do que as mais de 100 sc/ha esperadas inicialmente. 

Do lado do mercado, poucos volumes foram vendidos até o momento, com produtores receosos com relação à produtividade após um plantio um pouco atrasado e o medo de geadas. Agora as vendas avançam, mas com patamares de preços menores do que os anteriores, comenta Cassiano. 

Com o vazio sanitário da soja se encerrando no próximo sábado (10), os produtores do Paraná avançam na dessecação das lavouras e na preparação para a semeadura. A liderança destaca que as condições de umidade de solo já são positivas, mas o plantio ainda deve aguardar um pouco após a queda das temperaturas no estado. 

De qualquer forma, a perspectiva é semear a safra 2022/23 mais cedo e garantir uma janela positiva também para a segunda safra de milho de 2023. 

Cassiano ainda aponta que as vendas antecipadas não avançaram muito para a soja por dois fatores. O primeiro deles é o receio dos produtores após a última temporada da soja que trouxe perdas históricas no Paraná. O segundo, que decorre do primeiro, é que muitos contratos que estavam fechados da safra ada foram prorrogados para o próximo ciclo e vão precisar ser cumpridos.  

Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Aprosoja PR no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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