Início da colheita de soja em Chapadão do Sul/MS registra queda de 10% com relação à safra 17/18 1n633

Publicado em 08/01/2019 10:42
A produtividade de 60 sacas por hectare registrada na safra 2017/18 dificilmente será atingida neste ano com as primeiras lavouras da região registrando colheitas menores do que 50 sacas. O mercado na cidade também segue travado com menos vendas antecipadas do que o registrado nos anos anteriores, com produtores apreensivos em relação à tabela de frete e esperando preços melhores com as quebras na produção brasileira.
Lauri DalBosco - Presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul/MS

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Entrevista com Lauri DalBosco - Presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul MS sobre o Acompanhamento de Safra da Soja 2m4b51

 

Apesar de se intensificar a partir do dia 4 de fevereiro, a colheita de soja já começou na região de Chapadão do Sul no estado do Mato Grosso do Sul. Após ar por um mês de dezembro com falta de chuvas, os últimos dias trouxeram as precipitações de volta e melhoraram a qualidade das lavouras. Mesmo assim, as primeiras áreas colhidas sofrem com queda na produtividade com relação ao colhido na safra ada.

“A quebra nesse primeiro volume é maior, em torno de 18%, com os produtores se esforçando para chegar em 50 sacas por hectare. Na soja de período normal, a chuva voltou a cair e ela está recuperando muito bem e até surpreendendo. Hoje eu acredito que vamos ter uma quebra pequena, muita coisa vai se recuperar, mas sempre já se perdeu alguma coisa e devemos ficar entre 10 e 12% de queda”, diz Lauri Dal Bosco, presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul/MS.

Com a incerteza quanto a colheita pairando no ar, os produtores da região encontram o mercado de soja travado, também influenciado pelo imbróglio da tabela dos fretes. Normalmente, Chapadão do Sul registra índices de vendas antecipadas entre 50 e 60%, mas para a safra 2018/19 esse número não a dos 35%.

“Na época da greve dos caminhoneiros, quem já tinha contratos de transportes acabou fazendo mesmo com a tabela de frete e as empresas cerealistas perderam dinheiro porque já tinham pago os produtores. Agora eles estão se precavendo para fazer negócios, estão assustadas com esse prejuízo forte que tiveram e não estão fazendo contratos. Então quem não fez negócio antes vai guardar e não vai vender nesses R$ 62,00 de hoje até se resolver essa questão”, afirma Dal Bosco.

Confira a entrevista completa no vídeo.

 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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