Trump confirma novas tarifas para Canadá, México e China valendo a partir deste sábado e impacta soja e grãos em Chicago 1w2l6r

Publicado em 31/01/2025 17:31 e atualizado em 31/01/2025 18:15
Oleaginosa fechou a sessão desta sexta-feira (31) estável, com e de ganhos de mais de 2% entre os futuros do óleo de soja negociados na CBOT, mas limitadas pelo recuo de mais de 1% do milho, também reflexo das confirmações das taxas sobre Canadá, México e China pela Casa Branca valendo já a partir deste sábado, 1 de fevereiro.
Victor Martins - Gestor de Risco e Analista de Soja da Amius
Podcast

Soja e grãos encerram a semana em Chicago impactados pelas novas tarifas confirmadas de Donald Trump 6c4i6q

A semana e o mês vão se encerrando com um impacto - embora já esperado - considerável das novas tarifas pelos EUA sobre México, Canadá e China confirmadas pela Casa Branca na tarde desta sexta-feira (31) sobre o mercado de soja, derivados e grãos na Bolsa de Chicago. As novas taxas - de 25% para Canadá e México e de 10% para a China - valem já a partir deste sábado, dia 1º de fevereiro. 

Como explicou o gestor de risco e analista de soja da Amius, Vitor Martins, as altas de mais de 2% entre os futuros do óleo de soja vieram no reflexo da tarifação sobre o Canadá, pelo óleo de canola, fazendo com que a demanda por óleos vegetais seja maior nos EUA, enquanto as baixas do milho vieram reagindo às taxas impostas sobre o México, um dos maiores compradores do cereal norte-americano. 

"Nesta tarde tivemos uma reviravolta que estendeu as tarifas para outros players ainda mais importantes do que México e Canadá, como a China, por exemplo", disse. Todavia, como o mercado já vinha especulando sobre isso, a soja conseguiu concluir os negócios da última sessão desta semana com estabilidade, registrando apenas variações moderadas entre altas e baixas, mantendo seguros, ao menos por enquanto, patamares importantes de preços. 

O contrato março fechou a US$ 10,42, enquanto o maio foi a US$ 10,57 e o julho a US$ 10,72 por bushel. 

>> Clique AQUI e veja as cotações completas do complexo soja

Conhecido este cenário, o mercado agora a a monitorar o comportamento da demanda chinesa, em especial depois do período do feriado do Ano Novo Lunar, ao o em que vai acompanhar também como a oferta da safra 2024/25 vai se concluir, atento aos campos brasileiros e argentinos se encaminhando para suas fases de conclusão. "Eu acredito que os drivers de oferta serão muito mais importantes a partir de agora", afirma Martins.  

Neste ambiente, o mercado da soja teve uma semana de comercialização muito travada. Ainda de acordo com o especialista, além das preocupações com o clima e a conclusão das lavouras, bem como com o atraso da colheita, há ainda uma atenção redobrada dos produtores com a baixa qualidade da soja que vêm retirando dos campos, principalmente das áreas onde há excesso de umidade. 

"Tenho aqui nos meus registros cerca de 30% de soja comercializada 2024/25", traz o analista, lembrando que este número ainda reflete uma safra próxima dos 170 milhões de toneladas e que pode ir mudando na medida em que os números forem se ajustando, refletindo às realidades do campo sofrendo com o clima em pontos importantes do país. "O próximo relatório do USDA, que vem no dia 8 de fevereiro, vai ser muito importante para já trazer dados mais concretos sobre a safra brasileira, fora toda a narrativa das diferenças entre os números do USDA e da Conab".   

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Com prêmios renovando a máxima e dólar em queda, preços da soja ao produtor pouco mudam no BR em semana fraca de negócios
Vendas de soja do Brasil atingem 64% da safra 2024/25, aponta Safras
Famato alerta produtores para início do vazio sanitário no próximo domingo
Famato alerta produtores para início do banheiro sanitário no próximo domingo
Soja realiza lucros em Chicago nesta 6ª após ganhos da sessão anterior e segue se ajustando antes do USDA
Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago em 5ª feira de conversa entre Donald Trump e Xi Jinping