Procafé: Bicho mineiro do cafeeiro ataca mais com poeira 5g4j2v

Publicado em 05/10/2016 10:02

Em cafeeiros sujeitos a poeira, localizados na beira de estradas ou carreadores, tem sido verificado um maior ataque de bicho mineiro na folhagem. 1k3a5j

O bicho mineiro (Leucoptera coffeella) é a praga mais importante da lavoura cafeeira, devido aos danos que provoca, com a redução da área foliare com a desfolha acentuada das plantas.

As principais condições que favorecem o ataque de BM se relacionam ao clima mais quente e seco, através da ocorrência de períodos de falta de chuvas, e, ainda, por desequilíbrios por defensivos e de inimigos naturais.

No campo, um fator localizado pode, também,influenciar no agravmento do ataque de BM . Trata-se do empoeiramento da folhagem do cafeeiro, por efeito de proximidade  de estradas de terra ou de carreadores, por onde transitam veículos, os quais, como diz, mais ou menos, a musica -  “levantam poeira e o BM dá a volta por cima”, da folhagem.

Embora não se tenha, ainda, uma comprovação científica desse fato, as observações de campo são muito nítidas em apontar a correlação direta, entre a condição de poeira sobre as folhas e a intensidade do ataque de BM.

Vamos, então, pra parte mais difícil - explicar o por  que disso.  Para o caso do ácaro vermelho (O. ilicis) sabe-se, com comprovação experimental, que ocorre a retirada de umidade da folha, pela poeira, e essa situação, de baixa umidade, favorece  a reprodução do ácaro. Sendo assim, uma das hipóteses, que pode explicar o maior ataque de BM,  seria, também, essa questão de menor umidade, pois é conhecido que lavouras mais arejadas e ensolaradas sempre se correlacionam com maior ataque dessa praga, ou seja, ataque mais intenso com baixa umidade.

Pode-se ainda, suspeitar da  poeira estar afetando mais os inimigos naturais do BM, como fungos e himenópteros, parasitas ou predadores, diminuindo a ação desses inimigos da praga.

A presente nota técnica tem por objetivo alertar os Técnicos, que assistem os produtores, a arem  a observar esse aspecto de efeito da poeira sobre as pragas do cafeeiro, e, dentro do possível,  localizar melhor as lavouras, ou constituir barreiras vegetais, para reduzir o empoeiramento, ou, mesmo, caprichar mais no controle nessas áreas mais expostas a poeiras.

J.B. Matiello – Eng Agr Fundação Procafé, P.R. Reis- Pesquisador EPAMIG e  Acelino Andrade Neto – Gerente Fda Rio do Barro

Fonte: Procafé

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