Com pressão da guerra, café tem dia de desvalorização e encerra com baixa em Nova York 2d2c6u

Publicado em 12/04/2022 17:13
Físico acompanhou em dia de baixas, enquanto conilon encerrou com estabilidade

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O mercado futuro do café arábica teve um dia de ajustes para os preços no pregãod esta terça-feira (12) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado de café voltou a sentir os impactos da guerra, mesmo com fundamentos sólidos para preços firmes até pelo menos o início da colheita, de acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas.

"Os preços do café caíram na terça-feira depois que o presidente russo Putin disse que as negociações de paz com a Ucrânia estão "em um beco sem saída" e prometeu continuar a guerra. Isso alimentou a preocupação contínua de que a invasão da Ucrânia pela Rússia inviabilizará a economia global, o que poderia conter os gastos dos consumidores e reduzir o consumo e a demanda de café, à medida que os consumidores apertam os cintos e limitam suas visitas a restaurantes e cafés", destacou a análise do site internacional Barchart.  

A preocupação com a oferta global do grão continua então no radar do mercado. Além do Brasil, enfrentam problemas climáticos outras origens produtoras como por exemplo a Colômbia, que teve queda de 13% na produção no mês de março. Os problemas logísticos, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) também continuam, apesar de leve melhora no último mês. 

Julho/22 teve queda de 300 pontos, negociado por 233,55 cents/lbp, setembro/22 teve queda de 275 pontos, valendo 233,25 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 245 pontos, cotado por 232 cents/lbp e março/23 registrou desvalorização de 245 pontos, negociado por 232 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon encerrou apenas com ajustes técnicos. Maio/22 teve queda de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2098, julho/22 teve baixa de US$ 6 por tonelada, negociado por US$ 2111, setembro/22 teve queda de US$ 3 por tonelada, negociado por US$ 2112 e novembro/22 teve desvalorização de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2109. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,53% em Guaxupé/MG, negociado por RE$ 1.290,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,78%, negociado por R$ 1.280,00, Araguarí/MG registrou queda de 0,78%, valendo R$ 1.280,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 1,52%, valendo R$ 1.295,00 e Franca/SP teve queda de 1,52%, valendo R$ 1.300,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,45% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.360,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,71%, valendo R$ 1.390,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,45%, valendo R$ 1.355,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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