Café sustenta valorização forte, fecha com mais de 3% de alta em NY e puxa preços também no BR 1gy15
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Nesta quinta-feira (5), os futuros do café arábica disparam na Bolsa de Nova York e fecharam o dia com mais de 3% de alta nas posições mais negociadas. Os preços trabalharam durante todo o dia em campo positivo, registrando ganhos expressivos, levando o julho a 359,75 e o setembro a 357,20 cents de dólar por libra-peso.
O mercado a por uma correção técnica, como explica o diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá. Os traders operam diante de notícias que já conhece, mas ajusta suas posições para as próximas que virão, em especial sobre a chegada das novas safras. Recentemente, os preços chegaram a testar suas mínimas em dois meses em Nova York.
"Os preços vêm pressionados no último mês diante das projeções de uma produção maior e estoques que poderão crescer", afirmam os analistas do portal internacional Barchart. No entanto, as incertezas sobre as novas safras ainda permanecem no radar dos mercados apesar dar perspectivas.
Números levantados pela Pharos mostra que entre a safra 2024/25 e a 2025/26 ainda poderá haver um déficit de 2,1 milhões de sacas de arábica, "e esse déficit também ajuda a pressionar a alta", complementa Bonfá.
Do mesmo modo, o especialista alerta para o contrário no robusta. "Vamos ter bastante robusta e menos arábica. O mundo vai voltar a consumir mais robusta, uma vez que a diferença está enorme, tanto no mercado interno, como no externo". Os dados compilados pela consultoria mostram a possibilidade de um superávit de 5,645 milhões de sacas.
"A colheita do conilon avança em bom ritmo e a de arábica está acelerando neste início de junho. Os primeiros números das duas colheitas, parecem confirmar as previsões de agrônomos e cafeicultores: Uma safra maior para o conilon, quando comparada à de 2024, e a de arábica, menor que a safra atual. Mas ainda é cedo para conclusões mais seguras", complementa o analista de mercado e diretor do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
Entre meados de setembro e o início de novembro, os preços do arábica e do robusta se aproximaram bastante no mercado brasileiro.
Além das atenções aos fundamentos, o mercado também foi favorecido pela baixa do dólar frente ao real. A moeda americana fechou o dia com mais de 1% de baixa, valendo R$ 5,59 e foi mais um combustível para os ganhos intensos do arábica em Nova York.
PREÇOS NO BRASIL
No mercado brasileiro, apesar da baixa do dólar, os preços também subiram, acompanhando a valorização intensa do mercado futuro norte-americano.
Os ganhos no tipo 6 bebida dura, nas principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas foram de até 2,65%, como foi o caso de Guaxupé/MG, onde a saca foi cotada a R$ 2326,00 ou de 2,6% em em Franca/SP, onde o preço foi a R$ 2380,00/sc.
Para o cereja descascado, as altas variaram de 0,28% a 2,5%, levando a saca em Poços de Caldas/MG a R$ 2820,00 e em Varginha/MG a R$ 2450,00.
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