Apesar de baixa liquidez e demanda retraída, controle de oferta sustenta cotações do mercado de feijão 4p584y

Publicado em 20/09/2024 17:04

“A falta de lotes de feijão extra de alta qualidade (notas 9 e 9,5) indica escassez de produtos superiores, enquanto a demanda continua baixa, refletindo a pouca necessidade de reabastecimento. Essa situação é observada especialmente nas regiões produtoras, como Minas Gerais e Goiás, resultando em um mercado de baixa liquidez”, explica o analista.

De acordo com Oliveira, ao longo da semana, o cenário permaneceu estável. No Paraná, 19% da área plantada foi cultivada, com 93% das lavouras em boas condições. Os preços do feijão extra padrão 9 e 9,5 se mantiveram entre R$ 270,00 e R$ 290,00 por saca, enquanto o feijão comercial ficou com cotações de R$ 195,00 a R$ 210,00.

Ainda segundo o analista, com a aproximação do final da semana, a retração persistiu, tanto no atacado quanto nas regiões produtoras. “O aumento das ofertas e a cautela dos compradores, devido ao fraco escoamento no varejo, resultaram em vendas limitadas. Contudo, o pós-pregão registrou algumas movimentações, especialmente em contratos de entrega futura”, relata.

Feijão preto

Já o mercado de feijão preto, conforme Oliveira, começou a semana com preços firmes para lotes de melhor qualidade, em torno de R$ 410,00 por saca, enquanto o feijão de qualidade comercial foi cotado entre R$ 370,00 e R$ 390,00. “A oferta limitada, tanto nacional quanto importada, sustenta o mercado, com expectativa de ajustes de alta. Rumores indicam negócios pontuais fechados a R$ 360,00 em Mato Grosso e Goiás”, afirma.

A baixa liquidez continuou durante a semana, com transações limitadas nas regiões produtoras, especialmente no Paraná. Os preços do feijão comercial variaram entre R$ 310,00 e R$ 320,00, enquanto o de melhor qualidade se manteve entre R$ 370,00 e R$ 390,00. A demanda crescente e a atratividade dos preços estão incentivando investimentos na primeira safra 2024/25, especialmente em Santa Catarina.

Com o ar da semana, os preços do feijão extra de melhor qualidade se mantiveram estáveis, chegando a R$ 420,00 por saca na Zona Cerealista de São Paulo. No Paraná, os preços variaram entre R$ 320,00 e R$ 360,00 por saca FOB Ponta Grossa. O boletim da Emater/RS destacou o início do plantio da primeira safra 2024/25 no estado, com condições climáticas favoráveis beneficiando a germinação das lavouras.

O comércio exterior também teve um papel relevante, com exportações totais de feijão atingindo 161,57 mil toneladas entre janeiro e agosto de 2024. “O feijão comum, incluindo o preto, foi o principal responsável por esse aumento, com 72,65 mil toneladas exportadas, mais que triplicando em relação às 20,65 mil toneladas da temporada anterior. Essa forte demanda externa alivia a pressão sobre o mercado interno, que ainda enfrenta dificuldades na absorção do produto”, completa o analista.

Fonte: Safras & Mercado

NOTÍCIAS RELACIONADAS 6i31

Mercado global de grãos e oleaginosas oscila entre otimismo comercial e riscos estruturais, aponta Hedgepoint
Produtores intensificam atividades de preparo para plantio de culturas de inverno
Mesmo com oferta abundante e potencial de recordes de produção, mercado do arroz no Brasil enfrenta redução da demanda interna e externa
Arroz/Cepea: Indicador cai para o menor nível desde jul/22
Possíveis cenários de impacto da gripe aviária no mercado do boi vão desde pressão na arroba até melhora nas exportações
Rio Grande do Sul realiza educação sanitária na região do foco da gripe aviária
undefined