Importação de soja dos EUA pela UE dispara; embarques do Brasil caem 3x1u1u
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BRUXELAS (Reuters) - As importações de soja dos Estados Unidos pela União Europeia aumentaram 283 por cento no início da nova campanha de comercialização, de acordo com dados oficiais divulgados pela UE uma semana depois de o presidente Donald Trump ter fechado um acordo com europeus para evitar uma disputa comercial.
O aumento das importações europeias nas cinco primeiras semanas do ano comercial 2018/19, para cerca de 360 mil toneladas, ocorreu com os compradores aproveitando uma queda acentuada nos preços.
Por outro lado, os volumes de soja importada do Brasil --maior exportador global-- caíram 28,6 por cento na mesma comparação, para 514 mil toneladas, com brasileiros atendendo compradores chineses em virtude da aplicação de uma tarifa chinesa à soja norte-americana.
Com a tarifa chinesa, a soja dos EUA ficou mais barata para outros destinos que não a China, maior importador global.
A UE afirmou que o aumento nas importações de soja dos EUA foi o primeiro desdobramento de um acordo assinado entre Washington e a Comissão Europeia.
No entanto, uma porta-voz da Comissão Europeia disse que o aumento foi graças às forças do mercado, ao invés de qualquer ação deliberada na sequência do acordo transatlântico com Washington para afastar novas tarifas.
Trump havia dito que a UE começaria "a comprar um monte de soja", depois do acordo no mês ado em que o bloco ofereceu medidas que ele poderia vender aos eleitores antes das eleições de novembro.
Analistas de mercado disseram que o aumento foi causado pela queda dos preços em junho, quando a China parou de comprar a soja norte-americana em retaliação a medidas comerciais de Trump.
As importações de soja do Paraguai pela UE também caíram acentuadamente, para 16,5 mil toneladas.
Pouco mais de um terço das importações de soja da UE veio dos Estados Unidos. No mesmo período do ano ado, elas representavam menos de 10 por cento.
As importações de farelo de soja dos Estados Unidos pela UE também dispararam para 184,7 mil toneladas, versus apenas 5,4 mil toneladas no mesmo período do ano anterior, ainda que o Brasil --principal fornecedor do produto aos europeus-- continue respondendo pelo maior volume fornecido.
As importações de farelo brasileiro somaram 543 mil toneladas, queda de 21 por cento ante o mesmo período do ano ado.
(Reportagem de Robert-Jan Bartunek; com reportagem adicional de Roberto Samora, em São Paulo)
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