Café finaliza com baixas em NY e Londres por chuvas no Brasil e aversão ao risco mundial 6n1t14
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O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta sexta-feira (22) com quedas acima dos 200 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Chuvas no Brasil, Covid-19 e recuperação dos estoques certificados ajudaram a pressionar os preços no pregão.
Março/21 teve queda de 240 pontos, valendo 124,05 cents/lbp, maio/21 registrou baixa de 230 pontos, valendo 126,20 cents/lbp, julho/21 teve desvalorização de 230 pontos, valendo 128,10 cents/lbp e setembro/21 registrou baixa de 225 pontos, estabelecendo os preços por 129,90 cents/lbp.
Segundo análise do site internacional Barchart, o mercado futuro voltou a cair após novas previsões de chuvas para Minas Gerais. " As previsões de chuva no fim de semana em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, estão reduzindo os preços do café hoje", afirma a publicação.
Vale destacar, no entanto, que o retorno das chuvas não recupera os danos para a safra de arábica do Brasil em 2021. De acordo com o primeiro levantamento da Conab, divulgado nesta semana, é previsto uma quebra entre 32% e 39% para o arábica, considerando as condições climáticas e o ano de bienalidade baixa para o arábica.
+ Conab: Bienalidade negativa e problemas climáticos indicam redução da produção de café nacional
Movimentação do mercado futuro durante a semana
Uma recuperação nos estoques da ICE foi outro fator de baixa para o café observado nesta sexta-feira. Segundo o Barchart, os estoques certificados na ICE subiram para 1,571 milhões de sacas, dando e na recuperação da baixa mais expressiva dos últimos 20 anos, divulgada em outubro do ano ado.
Apesar da redução dos estoques indicar um consumo dentro da normalidade na pandemia do Coronavírus, o pregão desta sexta também foi marcado por um dia de grande aversão ao risco no mercado financeiro global.
Mais do que isso, índices acionários caem no mundo todo. O Ibovespa marcava sua quarta baixa seguida, registrando as mínimas em um mês e, na Europa, os mercados também fecharam a sexta-feira em queda. E parte dessas perdas estão bastante ligadas às notícias mais recentes sobre a pandemia do coronavírus.
"Os mercados acionários europeus encerraram em queda nesta sexta-feira, uma vez que a atividade empresarial na zona do euro encolheu em janeiro com rígidos lockdowns para controlar a pandemia do coronavírus fechando muitas empresas", informa a agência de notícias Reuters.
*Com informações de Carla Mendes - @jornalistadasoja
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou a semana com desvalorização. Março/21 teve queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1310, maio/21 teve desvalorização de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1322, julho/21 registrou baixa de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1338 e setembro/21 teve queda de US$ 11 por tonelada, negociado por US$ 1357.
"Sobre o clima, a Somar Meteorologia alerta que permanece a condição para fortes precipitações e temporais no Estado de São Paulo nesse fim de semana. Pode chover, mas de forma fraca e isolada, nas áreas da divisa paulista com o Rio de Janeiro e no norte do Espírito Santo. Para o restante da Região Sudeste, a previsão é de tempo firme", destacou o Conselho Nacional do Café (CNC) em sua análise semanal.
Estimativa é de produção recorde para o conilon em 2021
O CNC destacou ainda que no mercado físico, as cotações tiveram pouca oscilação, mas a variedade arábica segue alcançando níveis recordes ao receber impulso da retração vendedora, uma vez que um alto percentual de produtores realizou a comercialização de forma antecipada, e da quebra na safra 2021 do Brasil.
O indicador calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o arábica subiu 0,35% na semana e fechou a quinta-feira em R$ 654,24/saca, seu novo recorde nominal na série, que teve início em 1996. O do conilon permaneceu praticamente estável em R$ 416,18/saca.
A sexta-feira encerrou com estabilidade nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,73% em Guaxupé/MG, valendo R$ 682,00, Araguarí/MG teve alta de 1,49%, negociado por R$ 680,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 660,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 650,00 e Varginha/MG manteve a negociação por R$ 680,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,68% em Guaxupé/MG, valendo R$ 725,00. Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 720,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 700,00 e Varginha/MG manteve a negociação por R$ 720,00.
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