Soja intensifica baixas em Chicago e fecha 2ª feira pós USDA em queda; no BR, preços perdem até R$ 4/sc 2u1x3e
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O mercado da soja intensificou as baixas na Bolsa de Chicago e fechou o dia com perdas expressivas o pregão desta segunda-feira (31). O mercado ou a operar no vermelho depois da chegada dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em especial os referentes aos estoques trimestrais da norte-americanos. Assim, o dia se encerrou com perdas de 8,25 a 9,25 pontos nos principais contratos, com o maio sendo cotado a US$ 10,14 e o agosto a US$ 10,26 por bushel.
Os preços sentiram a pressão de estoques que vieram acima da média das expectativas do mercado e também do registrado no mesmo período do ano ado. Estes são estoques na posição de 1º de março, o que já se justificam maiores, como explicam analistas e consultores, pela demanda menor da China nos EUA, concentrada no Brasil, em função também da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
"Apesar da queda na área, o mercado interpretou os estoques elevados como sinal de maior oferta no disponível no curto prazo. A presença de grandes volumes nas tradings indica que ainda há muita soja para ser comercializada. Esse fator, somado à ausência de outros fundamentos positivos, pressionou os preços na CBOT", explicaram os analistas da Agrinvest Commodities.
De outro lado, o USDA ainda trouxe uma área menor que deverá ser dedicada ao plantio da soja no país, como já vinha sendo muito aguardado pelo mercado. A área estimada foi de 33,79 milhões de hectares, também atendendo o esperado pelos traders de área menor dedicada à oleaginosa nos EUA, sendo 4% menor do que a área da safra anterior, quando foram cultivados 35,23 milhões de hectares. A média das expectativas era de 33,90 milhões e o número do fórum de 33,99 milhões de hectares.
Agora, os traders buscam entender quais serão os efeitos destes números e por quanto tempo devem durar. No entanto, os traders tendem a dar cada vez mais espaço ao clima no Meio-Oeste americano, bem como a guerra comercial impactando a demanda pela soja norte-americana.
IMPACTOS NO BRASIL
Com a baixa dos futuros em Chicago combinada com uma perda do dólar frente ao real, os preços da soja sentiram também no Brasil. "A indicação de compra da soja em Santos para embarque maio caiu R$ 4,00 por saca. No interior, a queda foi um pouco menor", explica ainda a Agrinvest.
A consultoria acrescenta dizendo que os prêmios também continuam a ceder, tendo perdido já 50 centavos de dólar por bushel no embarque maio, desde seu pico no dia 20. "A China está comprando menos. Nas últimas oito semanas, a média semanal de barcos reportados no CFR China está em 16, quando precisaria comprar pelo menos 30 navios por semana", detalham os analistas.
"As margens estão ruins e as tradings estão carregando posição long. Há ainda coisa pela frente, como tarifas e pedágios sobre barcos Made-In-China", diz a Agrinvest.
O dólar vai caminhando para encerrar esta primeira sessão da semana com quase 1% de baixa e de volta aos R$ 5,70.
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