Rumo está construtiva com exportação de milho e espera breve avanço em projeto de MT 3a635
SÃO PAULO (Reuters) – A Rumo, gigante do setor ferroviário, está “construtiva” com as perspectivas de exportação de milho do Brasil no segundo semestre, contando com uma safra maior do país e aumento da demanda de importadores que buscam preencher lacunas deixadas pela Ucrânia, disseram executivos nesta quinta-feira. 6o311e
A companhia, que participa da movimentação de cerca de 30% de todos os volumes exportados de soja, farelo de soja e milho do Brasil, prevê um nível “bastante saudável” de embarques do cereal brasileiro, o que beneficia a empresa de logística ferroviária, disse o diretor comercial da Rumo, Pedro Palma, durante evento com investidores de sua controladora, a Cosan.
“Temos confiança no cenário de margens com market share…”, destacou ele, acrescentando que o uso das capacidades da Rumo tem impulso com a “normalização da safra” e da inflação do diesel para o transporte rodoviário, que concorre com o modal ferroviário.
A Rumo mostrou expectativa de produção da segunda safra em 78 milhões de toneladas (em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná), abaixo da previsão inicial por ocorrência de seca em áreas do Centro-Oeste, mas ainda 20 milhões acima do registrado no ano ado.
A companhia citou a maior disponibilidade da produção de milho do Sul, notadamente no Paraná, que deverá colher uma segunda safra recorde em 2022.
A exportação de milho das principais áreas de produção de segunda safra do país foi estimada pela Rumo em 31 milhões de toneladas, versus 18 milhões no ano ado, quando a seca e geadas ao sul afetaram as produtividades.
Umas das principais rotas de exportação de milho do Brasil é Santos, na qual a companhia responde por grande parte das cargas que chegam ao porto, lembrou o executivo.
MATO GROSSO
Para ampliar os negócios, a Rumo foca na chamada Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, que será construída em regime de autorização pela empresa.
O presidente-executivo da Rumo, João Alberto Abreu, disse estar otimista com o início da obra, que depende agora da concessão de uma licença de instalação esperada para as “próximas semanas”.
A nova ferrovia vai partir de Rondonópolis (MT), onde a Rumo tem um terminal que se conecta com a Malha Paulista, já um corredor fundamental para o escoamento de produtos do agronegócio.
O primeiro trecho da ferrovia deverá ligar Rondonópolis até Campo Verde, e posteriormente o projeto é de que a estrada de ferro tenha como destino final Lucas do Rio Verde, no médio-norte mato-grossense.
Segundo Abreu, o projeto deverá ser implementado de forma modular para preservar a flexibilidade financeira da empresa.
(Por Roberto Samora)
0 comentário 26695n

Porto de Itaqui exportou mais soja em 2024 apesar da quebra de safra, aponta Conab

ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Peru busca reunião de alto nível com China e Brasil para avançar em ferrovia bioceânica

Apesar da queda nos preços do petróleo, colheita do milho safrinha deve ser marcada por fretes elevados

Frete tem nova queda em abril com leve recuo de 0,14%, mostra Edenred Frete

Alckmin destaca importância da Ferrogrão para aumentar o escoamento da produção agrícola