Milho: Preços recuam pelo 3º dia consecutivo e março/15 é cotado a US$ 3,82/bu 2z6c1p
No início do pregão desta sexta-feira (23), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham com ligeiras perdas. Por volta das 8h41 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,50 e 1,25 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 3,82 por bushel. 403y13
As cotações futuras dão continuidade ao movimento de queda, já que, nesse momento, não há informações que possam impulsionar o mercado, conforme dados do noticiário internacional. Em meio ao cenário de oferta e demanda confortável nos EUA e as projeções indicando uma ampla produção mundial do grão, os preços permanecem em queda.
Nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos) estimou a safra global em 992 milhões de toneladas na temporada 2014/15, um aumento de 10 milhões de toneladas. Paralelamente, os investidores também temem uma redução na demanda do setor de etanol no país, frente às quedas recentes no petróleo.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deve reportar o novo boletim de vendas para exportação. Importante indicativo de demanda.
Veja como fecharam os negócios nesta quinta-feira:
Milho: Na CBOT, preços recuam pelo 2º dia consecutivo focado nos fundamentos
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram a sessão em território negativo. As principais posições do cereal encerraram o dia com perdas entre 2,75 e 3,75 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 3,84 por bushel, menor patamar de fechamento desde a última quinta-feira (15).
Durante as negociações, as cotações futuras até esboçaram uma recuperação, porém, sem forças, os preços voltaram a cair. Sem novidades, os investidores voltam a focar o cenário fundamental do mercado, de quadro confortável entre oferta e demanda. Ainda hoje, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) estimou a safra mundial de milho em 992 milhões de toneladas no ciclo 2014/15.
O número representa um crescimento de quase 10 milhões de toneladas, em comparação com o o volume reportado no boletim anterior. Já o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aposta em uma produção do cereal próxima de 988,08 milhões de toneladas nesta temporada.
Paralelamente, a recente e contínua queda nos preços do petróleo, permanece sendo observada pelos participantes do mercado. Já que há especulações em relação à uma possível desaceleração na produção de etanol nos Estados Unidos.
Segundo dados do noticiário internacional, a empresa Green Biologic, que tem planta em Minnesota, anunciou nesta quarta-feira, que transformará a fábrica de etanol em uma unidade de agroquímicos. A expectativa de redução na demanda interno do país acontece em meio à produção recorde de milho nos EUA e também à perspectiva de uma boa safra esperada da América do Sul.
Em seu último boletim de oferta e demanda, o departamento norte-americano indicou a safra do Brasil em 75 milhões de toneladas e da Argentina em 22 milhões de toneladas na temporada 2014/15. Diante desse cenário, os analistas acreditam que os preços trabalhem no intervalo entre US$ 3,20 a US$ 4,00 por bushel.
Os analistas ainda aguardam os números das vendas para a exportação que, devido ao feriado de segunda-feira (19) nos EUA, será reportado nesta sexta-feira (23). As bolsas não operaram na última segunda, em comemoração ao dia de aniversário de Martin Luther King Jr.
Safra da Argentina
A semeadura do milho avançou e até o último dia 15 de janeiro já estava completa em 91,6% da área prevista para essa temporada na Argentina. O número representa uma evolução de 3,8% em relação à semana anterior e está 1,6% adiantada em comparação com o mesmo período do ano anterior. As informações foram reportadas pela Bolsa de Cereais nesta quinta-feira (22).
Conforme informações divulgadas pelo Ministério de Agricultura do país, Minagri, a área destinada ao cereal nesta safra deverá ser de 5,4 milhões de hectares, uma redução de 11,5% sobre o ciclo ado. Na safra 2013/14, foram cultivados 6,1 milhões de hectares, com uma produção de 33 milhões de toneladas do cereal.
Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a safra argentina em 22 milhões de toneladas.
Mercado interno
Mesmo com a forte queda no câmbio, as cotações no mercado interno brasileiro se mantiveram estáveis nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. No Porto de Paranaguá, preço permaneceu em R$ 27,50 a saca, com entrega em agosto de 2015.
A única praça a registrar variação foi Jataí (GO), onde o valor registrou valorização de 11,11%, com a saca cotada a R$ 22,50. A situação dos estoques elevados e também da maior oferta, em decorrência do avanço da colheita e do aumento das vendas em virtude da chegada da nova safra de nova, são fatores que pesam nas cotações, assim como o dólar. Os analistas destacam que, os preços podem voltar a subir caso haja uma quebra na produção da safrinha.
Por enquanto, há muitas expectativas em relação à segunda safra, pois em função do atraso no plantio da soja, algumas localidades irão reduzir a área destinada ao milho e, também os investimentos, que consequentemente deverá resultar em uma produtividade menor. A primeira safra, já tem uma diminuição de área consolidada e algumas regiões sofrem com as chuvas irregulares e as altas temperaturas.
BM&F Bovespa
Na Bolsa brasileira, as posições do cereal finalizaram em queda pelo 3º dia consecutivo. As perdas foram menores hoje, entre 0,35% e 0,48%. O vencimento março/15 era cotado a R$ 28,77 a saca, após ter encerrado o dia anterior a R$ 28,91 a saca.
Além da queda observada no mercado internacional, o dólar, fator de extrema importância na composição dos preços também exerce pressão negativa. O câmbio fechou o dia a R$ 2,5745 na venda, com perda de 1,23%, depois de chegar a R$ 2,5493 na mínima da sessão. Segundo informações da agência Reuters, o movimento é decorrente do anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que irá comprar 60 bilhões de euros em títulos mensalmente, com o objetivo de ampliar a liquidez internacional.
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