Em Chicago, milho tem dia de movimentação técnica e fecha pregão desta 3ª feira com ligeiras valorizações 5e141t
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta terça-feira (3) do lado positivo da tabela. Ao longo do dia, as principais posições do cereal consolidaram os ganhos e finalizaram a sessão com valorizações entre 3,50 e 3,75 pontos. O março/17 era cotado a US$ 3,55 por bushel, enquanto o maio/17 operava a US$ 3,61 por bushel. Já o julho/17 encerrou o dia a US$ 3,68 por bushel. 2p3f3s
Segundo informações divulgadas pela Reuters internacional, as cotações futuras do cereal foram sustentadas por uma movimentação técnica, com compras técnicas. "Há expectativas de que os fundos de investimentos comprem algumas posições de milho para ajustar as carteiras para 2017", reportou a agência.
No quadro fundamental, o mercado segue sem grandes novidades. Com a safra americana já consolidada e colhida, os olhos dos participantes do mercado se voltam às produções de outros importantes países produtores. No caso da América do Sul, as atenções estão direcionadas para a Argentina, já que o clima irregular em algumas localidades pode afetar a produção.
Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 29 de dezembro, os números do milho ficaram em 636,684 mil toneladas. O volume ficou abaixo das projeções dos investidores, que estavam entre 800 mil toneladas a 1 milhão de toneladas.
No acumulado do ano comercial, os embarques de milho estão próximos de 17.057,983 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o número estava em 9.504,748 milhões de toneladas.
Para os próximos meses, a perspectiva é que as atenções dos investidores retornem à nova safra americana. Em meio à tradicional especulação sobre a área que será destinada ao cultivo de milho e soja no país.
Mercado brasileiro
O segundo dia de negociação do ano foi de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado interno. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Mato Grosso, os preços subiram 4,35%, com a saca a R$ 24,00 nas praças de Tangará da Serra e também em Campo Novo do Parecis.
Já em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação cedeu 1,82%, com a saca a R$ 27,00. Em Não-me-toque (RS), o dia também foi negativo com a saca a R$ 33,00 e perda de 2,94%. Ainda no estado gaúcho, em Panambi, a queda foi de 3,00%, com a saca a R$ 33,00. No Porto de Paranaguá, os valores registraram mais um dia de estabilidade, com a saca de milho cotada a R$ 36,00.
Diante do retorno do recesso de final de ano, as negociações no mercado doméstico permanecem calmas. Os participantes do mercado também avaliam a safra de verão no Brasil, que deverá ficar acima de 30 milhões de toneladas do grão, e qual o impacto aos preços. A perspectiva é que os trabalhos nos campos tenham início já em janeiro.
Paralelamente, as exportações brasileiras também continuam no radar dos investidores. No acumulado dessa temporada, os embarques já totalizam 16,39 milhões de toneladas, ainda de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Por outro lado, a bolsa brasileira registrou um dia negativo. Após operar dos dois lados da tabela, as principais posições da commodity exibiram quedas entre 0,03% e 0,70% no pregão desta terça-feira. O janeiro/17 finalizou a sessão estável, negociado a R$ 38,00 a saca. O março/17 finalizou o dia a R$ 35,50 a saca, enquanto o maio/17 trabalhava a R$ 35,25 a saca.
A movimentação negativa registrada no dólar acabou pesando sobre as cotações do milho na BM&F Bovespa. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2624 na venda, com perda de 0,59%. Segundo dados reportados pela agência Reuters, a queda foi ocasionada pelos índices favoráveis da China que animaram os investidores pela expectativa de melhora na economia mundial e entrada de recursos estrangeiros.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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