De acordo com dados reportados pelo Cepea, o mercado está atento às chuvas e o andamento da colheita de milho, da safra de verão. "Com isso, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa voltou a subir na última semana, cerca de 4,1% e a saca fechou a sexta-feira (20) negociada a R$ 35,59 a saca. As chuvas abundantes no estado, que impossibilitaram o progresso da colheita, reduzindo o volume de cereal disponível para comercialização", reportou em nota.
Por outro lado, no Sul do país, as cotações cederam, uma vez que, a colheita da safra de verão tem caminhado e pressionado os valores praticados. Os analistas já haviam ressaltado que, o cenário mais confortável entre a oferta e demanda estava pressionando negativamente os preços do cereal no mercado físico.
Ainda nesta segunda-feira, os preços praticados no mercado doméstico registraram ligeiras movimentações. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o preço subiu 4,55%, com a saca do cereal negociada a R$ 23,00.
Já em Chapadão do Céu (GO), o ganho foi de 4,92%, com a saca de milho a R$ 32,00. Em Campo Grande (MS), a cotação subiu 2,00% e a saca encerrou o dia a R$ 25,50. No Oeste da Bahia, a valorização ficou em 1,30%, com a saca a R$ 39,00. No Porto de Paranaguá, não houve referência para o preço futuro da saca do cereal.
Em contrapartida, a saca recuou 3,99% e a saca ficou em R$ 36,10 em Campinas (SP). Em Tangará da Serra (MT), a queda foi de 2,00%, com a saca a R$ 24,50. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a perda foi de 1,96%, com a saca a R$ 25,00. Nas demais praças pesquisadas, o dia foi de estabilidade.
Dólar
Enquanto isso, o câmbio finalizou o pregão a R$ 3,1688 na venda, com perda de 0,43%. Conforme dados reportados pela Reuters, o dólar acompanhou a movimentação da moeda no mercado internacional depois do discurso protecionista do presidente dos EUA, Donald Trump.
Bolsa de Chicago (CBOT)
No mercado internacional, os preços do milho registraram uma sessão de volatilidade, mas encerraram o dia bem próximos da estabilidade. As principais posições da commodity finalizaram o pregão com leves ganhos, de 0,25 pontos. O maio/17 era cotado a US$ 3,76 por bushel. Apenas o março/17 caiu 0,25 pontos e terminou o dia a US$ 3,69 por bushel.
O mercado segue sem novidades no quadro fundamental, conforme reportam os analistas. Os embarques semanais de milho ficaram em 963,897 mil toneladas do cereal, na semana encerrada no dia 19 de janeiro. O volume ficou acima do registrado na semana anterior, de 902,528 mil toneladas.
No acumulado da temporada, os embarques do grão americano somam 19.806,071 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Porém, a situação das chuvas na Argentina continua sendo observadas pelos participantes do mercado. Do mesmo modo, a perspectiva é que as especulações sobre a nova safra dos Estados Unidos volte a movimentar o mercado.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
0 comentário 26695n

Mato Grosso começa colheita de milho, com 0,31% da área total colhida, aponta Imea

Preços do milho no Brasil deverão ser mais impactados pela gestão da comercialização, do que pelo clima

Milho fecha 5ª feira em queda na B3 e em Chicago, em dia de ajustes e realização de lucros

IGC aumenta previsão da safra mundial de milho 2025/26 com leve revisão para Brasil

Radar Investimentos: comercialização da segunda safra de milho no Brasil avança lentamente

Clima adverso em regiões-chave de produção no mundo todo puxam preços do milho em Chicago e na B3