Com previsão de clima e quente no Corn Belt, milho sobe mais de 2% na CBOT e atinge melhor patamar em um ano 5md6l
A sessão desta segunda-feira (10) foi positiva aos preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). Os preços da commodity subiram mais de 2% e atingiram os níveis mais altos em um ano. Os principais vencimentos do cereal exibiram valorizações entre 9,50 e 10 pontos, com o setembro/17 cotado a US$ 4,02 por bushel e o dezembro/17 a US$ 4,14 por bushel. a173w
As preocupações com as previsões de calor em partes do Corn Belt impulsionaram as cotações do cereal, conforme informações das agências internacionais. Segundo dados dos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, todo o país deverá ter temperaturas acima da média.
Temperaturas previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
No mesmo período, as chuvas ficarão abaixo da normalidade no Meio-Oeste, no momento em que as lavouras estão em fase de polinização. Conforme indicado no mapa abaixo.
Precipitações previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
"As cotações do milho e da soja subiram em meio aos receios de que o aumento das temperaturas essa semana e as condições mais secas em partes do Meio-Oeste poderiam reduzir as perspectivas de rendimento das lavouras. O milho no cinturão produtor é particularmente vulnerável ao stress climático neste mês durante a polinização, sua principal fase reprodutiva", destacou a Reuters internacional.
Em entrevista ao Agrimoney.com, CHS Hedging afirmou que "a previsão prolongada de tempo quente e seco deverá se manter ao longo do período de polinização".
Em junho, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a produtividade das lavouras do cereal em 180,67 sacas por hectare. Novas projeções serão reportadas na próxima quarta-feira (12).
"É possível que possamos ter uma safra suficiente para produção de 169,35 sacas por hectare", disse Arlan Suderman, economista de commodities, da INTL FCStone, em entrevista à Reuters internacional.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho somaram 1.010,889 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 6 de julho. Na semana anterior, o número estava em 1.139,584 milhão de toneladas. As expectativas dos participantes do mercado estavam entre 790 mil a 1,09 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo USDA.
Mercado brasileiro
O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado interno brasileiro. De acordo com levantamento diário do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Londrina (PR), o valor subiu 5,56%, com a saca do cereal a R$ 19,00.
Ainda no Paraná, nas praças de Ubiratã e Cascavel, o ganho foi de 2,78%, com a saca a R$ 18,50. Na localidade de Tangará da Serra (MT), a valorização ficou em 3,33%, com a saca a R$ 15,50. Em contrapartida, em Sorriso (MT), a queda foi de 3,85%, com a saca a R$ 12,50.
Na região de Campinas (SP), a segunda-feira também foi negativa, com a saca a R$ 26,20 e queda de 3,32%. No Porto de Paranaguá, a saca futura permaneceu estável, em R$ 29,00.
"O aumento da paridade de exportação, decorrente das elevações nos preços do milho na Bolsa de Chicago (CME Group) e, consequentemente, nos portos brasileiros, levou compradores a pagarem mais pelo cereal no mercado interno, principalmente em São Paulo", informou o Cepea nesse início de semana.
Contudo, em outras praças, o avanço da colheita da segunda safra acabou limitando o potencial de alta. Segundo dados da AgRural, no Centro-Sul do Brasil a colheita já está completa em 23% da área semeada nesta temporada.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as cotações do cereal também subiram nesta segunda-feira. As principais posições do milho fecharam o pregão com ganhos entre 1,19% e 4,39%. O setembro/17, referência para a safrinha, subiu e retomou o patamar de R$ 27,00 a saca. O novembro/17 encerrou o dia a R$ 28,44 a saca e o janeiro/18 era cotado a R$ 28,70 a saca.
Os preços encontraram e na valorização registrada no mercado internacional. Já o dólar, recuou 0,61% nesta segunda-feira e finalizou a sessão a R$ 3,2595 na venda.
"O dólar caiu após o Banco Central retomar suas atuações no mercado de câmbio, sem tirar o foco do cenário político, embora os investidores continuem apostando na continuidade da atual política econômica com foco nas reformas", informou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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