Dólar fecha em alta de 0,47% ante real com ação do BC; exterior limita avanço 5l6b2b
4f2m5j
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira, reagindo à retomada das intervenções do Banco Central brasileiro, mas o avanço foi limitado por expectativas de estímulos econômicos no Japão.
O dólar subiu 0,47 por cento, a 3,3100 reais na venda, após desabar mais de 2 por cento no pregão anterior com a ausência do BC no mercado.
O dólar futuro subia cerca de 0,35 por cento no fim da tarde.
"O BC está freando um pouco o ânimo do mercado, que está socando o dólar (para baixo) sempre que vê oportunidade", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
O BC vendeu nesta manhã a oferta integral de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. A intervenção é idêntica às promovidas nos cinco pregões até quinta-feira ada, período em que o dólar saltou da mínima em um ano de 3,21 reais a mais de 3,35 reais.
A maioria dos operadores entende que a autoridade monetária quer evitar exageros no mercado cambial, sem ter em vista um patamar específico. Com essas ações recentes, o BC reduziu o estoque de swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para menos de 60 bilhões de dólares.
A intervenção contribuiu para limitar o impacto da esmagadora vitória do bloco governista no Japão em eleições parlamentares, que levou o dólar a recuar contra diversas moedas emergentes.
"O tom do mercado está mais construtivo recentemente. A questão do Japão ajuda, mas parece que a boa vontade do mercado com ativos emergentes está cada vez melhor", disse o operador de um banco internacional.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, determinou nova rodada de gastos de estímulo fiscal após a vitória esmagadora no fim de semana na câmara alta do Parlamento, conforme aumentam as evidências de que o setor corporativo sofre com a demanda fraca.
No cenário local, operadores destacaram a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados como a principal questão nesta semana. O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou à presidência da casa na semana ada e a eleição de seu sucessor está marcada para quarta-feira.
"A renúncia (de Cunha) pode permitir que o presidente interino Michel Temer consolide uma base de coalizão na Câmara se um aliado for eleito como novo presidente da casa", escreveram analistas do banco JPMorgan em nota a clientes.
0 comentário 26695n

Petrobras e bancos asseguram nova alta do Ibovespa, com fiscal e EUA no radar

Dólar fecha no menor valor de 2025 com inflação abaixo do esperado nos EUA

Taxas curtas dos DIs sobem com fiscal no foco e longas cedem sob impacto de inflação nos EUA

Brasil tem fluxo cambial positivo de US$437 milhões em junho até dia 6, diz BC

Medidas do governo para compensar mudanças no IOF enfrentarão "resistência" no Congresso, alerta Motta

Ações europeias caem com mercados inabalados por acordo entre EUA e China