Dólar segue exterior e sobe 1,10% ante real, à espera de Fed e BC do Japão 6nd4v
4f2m5j
Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta e voltou a se aproximar de 3,30 reais nesta segunda-feira, com investidores preferindo estratégias defensivas antes das reuniões desta semana do Federal Reserve e do Banco do Japão, bancos centrais norte-americano e japonês.
No contexto local, os agentes mantiveram a cautela em relação às perspectivas fiscais enquanto aguardavam novos desdobramentos do cenário político.
O dólar avançou 1,10 por cento, a 3,2940 reais na venda, após chegar a 3,2972 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 1 por cento no fim da tarde.
"A semana está cheia, temos muitos eventos importantes nos próximos dias e predomina o sentimento de cautela", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Investidores não esperam que o Fed eleve os juros na quarta-feira, quando anuncia sua decisão, mas vêm crescendo as apostas de que pode promover novos aumentos neste ano.
Segundo dados do FedWatch do CME Group, os juros futuros norte-americanos indicavam chance de apenas 2 por cento de elevação agora, com apostas majoritárias de aperto monetário em dezembro.
Expectativas de juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados no Brasil. Por outro lado, têm ganhado força as expectativas de mais estímulos econômicos pelo Banco do Japão, que decide os próximos os da política monetária do país na sexta-feira.
Nesta sessão, investidores também evitaram ativos de maior risco diante do tombo dos preços do petróleo em reação a persistentes preocupações com o excesso de oferta e com a demanda fraca. Moedas como os pesos mexicano e colombiano, mercados fortemente dependentes da commodity, figuraram entre as maiores perdas nesta sessão.
"Foi um dia ruim para emergentes em todo o mundo. Nesse contexto, até que o Brasil teve bom desempenho", afirmou o estrategista de um banco internacional.
No quadro interno, investidores mantiveram a postura de cautela que predominou na semana ada, evitando fazer grandes apostas enquanto aguardavam sinais concretos de austeridade fiscal do governo do presidente interino Michel Temer.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou nesta sessão que o governo poderá adotar aumentos pontuais de impostos, mas a decisão será tomada até o fim de agosto, após avaliar a previsão de receitas.
"Brasília está em modo de espera", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em relatório.
Nesta manhã, o BC voltou a vender 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a operação que realizou em todos os pregões neste mês exceto um.
0 comentário 26695n

Petrobras e bancos asseguram nova alta do Ibovespa, com fiscal e EUA no radar

Dólar fecha no menor valor de 2025 com inflação abaixo do esperado nos EUA

Taxas curtas dos DIs sobem com fiscal no foco e longas cedem sob impacto de inflação nos EUA

Brasil tem fluxo cambial positivo de US$437 milhões em junho até dia 6, diz BC

Medidas do governo para compensar mudanças no IOF enfrentarão "resistência" no Congresso, alerta Motta

Ações europeias caem com mercados inabalados por acordo entre EUA e China