Dólar fecha em queda frente ao real; mercado aguarda BCs dos EUA e do Japão 275pf
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Por Flavia Bohone e Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda frente ao real nesta terça-feira, após marcar alta de 1 por cento na sessão anterior, com investidores evitando grandes apostas antes das decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão, que podem influenciar a liquidez nos mercados globais.
O dólar recuou 0,72 por cento, a 3,2703 reais na venda, após subir 1,10 por cento no pregão anterior. O dólar futuro caía cerca de 0,7 por cento no fim desta tarde.
"O mercado está em como de espera porque ninguém quer ser pego de surpresa pelo comunicado do Fed", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.
De maneira geral, a expectativa é que o Fed mantenha a taxa de juros, mas operadores aguardavam o comunicado em busca de sinalizações sobre os próximos os da política monetária na maior economia do mundo.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente aplicados em outros países, como o Brasil.
Esse efeito pode ser parcialmente compensado, porém, pela postura mais austera do Banco Central brasileiro, que reforçou na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que não vê espaço para corte de juros agora.
No mercado de juros futuros, operadores aram a apostar que a Selic --em 14,25 por cento há um ano, uma das maiores taxas de juros do mundo-- só começará a cair a partir de novembro, na última reunião do Copom neste ano. Na semana ada, os DIs mostravam que o afrouxamento monetário teria início em outubro.
Segundo operadores, essa perspectiva contribuiu para enfraquecer o dólar frente ao real, movimento que se destacou em relação a outros mercados de câmbio na América Latina.
"O Brasil está se tornando uma boa aposta para quem quer fazer o dinheiro render, especialmente entre os estrangeiros", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.
Após marcar fortes déficits ao longo de todo o ano, o fluxo cambial --saldo de entrada e saída de moeda estrangeira do país-- ficou positivo em 576 milhões de dólares em julho até o dia 22, segundo dados do BC. Até o dia 15, a conta marcava rombo de 636 milhões de dólares.
O mercado aguardava ainda a decisão de política monetária do banco central japonês, com a expectativa por mais estímulos econômicos. Neste caso, outros mercados como o brasileiro poderiam ser favorecidos.
No front local, o recesso no Congresso Nacional trouxe relativa calmaria e deixou os operadores à espera de novidades para ajustar as apostas.
"Não tem nada no caminho, nada agravante ou favorável. Então o mercado fica mantendo essa banda (do dólar), entre 3,20 e 3,30 reais", resumiu o operador da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, operação que realizou em todos os pregões neste mês, com exceção de um.
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