Ibovespa recua com Embraer entre pressões; Vale sobe 325a3a
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava um declínio discreto nesta segunda-feira, com Embraer entre as maiores pressões de baixa, ainda refletindo realização de lucros, enquanto Vale atuava como contrapeso, amparada pelo avanço do minério de ferro na China.
Às 11h23, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,12%, a 132.188,35 pontos. O volume financeiro somava R$3,69 bilhões.
De acordo com analistas do BB Investimentos, após cumprir os dois objetivos de alta, em 130 mil e 132 mil pontos, "o Ibovespa deve consolidar sua tendência de alta no curto prazo, ainda que alguma correção seja bem provável nos próximos dias, dada a perda de fôlego do índice nos últimos pregões".
Os analistas acrescentaram que os sucessivos avanços têm sido amparados pelo fluxo de estrangeiros para o Brasil, seguindo um movimento de rotação de carteiras no exterior, especialmente nos Estados Unidos, o que tem beneficiado a tomada de risco em mercados emergentes.
"O fechamento da curva de juros no Brasil também segue como um fator de destaque", acrescentaram em email a clientes, citando ainda que, no gráfico mensal, veem a formação de um "engolfo de alta", figura gráfica que pode sinalizar uma tendência mais consolidada para o médio prazo.
Até a última sexta-feira, o Ibovespa acumulava uma alta de 10% em 2025, enquanto o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro estava positivo em R$14,3 bilhões no ano até o dia 19 de março.
DESTAQUES
- EMBRAER ON caía 4,25%, refletindo movimentos de realização de lucros, após o papel renovar máximas históricas na semana ada. Em 2025, até a sexta-feira, a ação acumulava uma valorização de 33%.
- VALE ON subia 0,78%, apoiada pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China. Na máxima mais cedo, a ação chegou a avançar mais de 1%. No setor, CSN ON avançava 1,59%, USIMINAS PNA tinha elevação de 2,94% e GERDAU PN mostrava acréscimo de 2,46%.
- PETROBRAS PN mostrava estabilidade, em dia de alta do petróleo no exterior. Analistas do UBS BB cortaram o preço-alvo dos papéis de R$51 para R$49, mas reiteraram recomendação de compra, entre outras razões, pois veem os dividendos ainda em nível atrativo.
- BANCO DO BRASIL ON perdia 0,67%, em sessão mista para bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN subindo 0,31% e BRADESCO PN avançando 1,36%, mas SANTANDER BRASIL UNIT sendo negociada em baixa de 0,45%. BTG PACTUAL UNIT mostrava declínio de 0,64%.
- MARFRIG ON era negociada em baixa de 3,95%, acompanhada de sua controlada BRF ON, que cedia 1,11%, em dia negativo para o setor. MINERVA ON perdia 0,34%.
- JBS ON cedia 1,24%, tendo no radar o balanço do quarto trimestre de 2024, previsto para a terça-feira, após o fechamento da bolsa. A empresa disse que pediu registro de emissor estrangeiro e de programa de BDRs Nível II na CVM e na B3, mirando a dupla listagem nos Estados Unidos e no Brasil.
- SABESP ON perdia 1,77% antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, após o fechamento do pregão. Previsões de analistas compiladas pela Reuters apontam resultado operacional medido pelo Ebitda de quase R$2,9 bilhões.
- COGNA ON recuava 1,6%, no terceiro dia seguido de queda, refletindo ajustes. Até a última sexta-feira, a ação contabilizava um ganho de 72,4%. No setor, YDUQS ON mostrava decréscimo de 0,43%.
- AZUL PN caía 0,54%, tendo no radar anúncio de que estuda potencial oferta primária de ações preferenciais, para levantar recursos para recapitalização da empresa. A aérea ressaltou, contudo, que, até a presente data, o conselho de istração não aprovou a efetiva realização da operação.
- IRB(RE) ON avançava 2,33%, revertendo as perdas da abertura, com analistas repercutindo dados de janeiro do ressegurador, incluindo lucro líquido de R$41,4 milhões, acima dos R$36,3 milhões de um ano antes. O índice de sinistralidade em janeiro ficou em 64,5%, de 55,3% em igual mês do ano ado.
- GOL PN, que não está no Ibovespa, subia 5,63%, após anunciar nesta segunda-feira compromisso de investimento de "determinados" investidores para uma injeção de até US$1,25 bilhão, como parte do plano de recuperação judicial da companhia aérea.
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