Dólar fraco reforça papel como financiador de operações de "carry trade" 151y1m
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Por Nimesh Vora
MUMBAI (Reuters) - O enfraquecimento do dólar desde o início da Presidência de Donald Trump tem feito com que ele se torne a moeda de financiamento preferida para as populares operações de "carry trade", fomentando fortes fluxos para moedas de mercados emergentes com maior rendimento.
Os carry trades financiados pelo dólar na rupia indonésia, na rupia indiana, no real, na lira turca, entre outras moedas, estão de volta à moda, disseram gestores de fundos.
Em uma típica operação de carry trade, investidores usam moedas baratas para empréstimo a fim de financiar investimentos naquelas com melhores rendimentos. Os retornos são maiores se a moeda emprestada enfraquecer.
O dólar, tradicionalmente menos favorecido do que o iene ou o franco suíço para essas operações, tem se tornado a moeda de financiamento preferida, uma vez que a guerra comercial de Trump provoca preocupações com a recessão e a retirada dos investidores dos Treasuries.
Carl Vermassen, gerente de portfólio da Vontobel, uma gestora de ativos sediada em Zurique, adicionou operações de carry trade na rupia indonésia e na rupia indiana.
"A moeda local dos mercados emergentes era basicamente evitada pelo simples motivo: evitar o risco da moeda local em um momento em que o dólar era todo-poderoso", disse ele. "Mas, como a maioria dos investidores considera que o excepcionalismo dos EUA acabou, as coisas estão mudando."
Claudia Calich, chefe de dívida de mercados emergentes da M&G Investments, também espera que a fraqueza do dólar persista e apoie as carry trades.
O fundo, com sede em Londres, supervisiona mais de 312 bilhões de libras (US$423,5 bilhões) e prefere a rupia indiana e o peso filipino para posições de carry na Ásia e o real e o peso mexicano na América Latina.
Quanto mais os investidores voltarem às operações de carry trade com dólares, maiores serão as perdas do dólar, disseram analistas.
O índice do dólar caiu 8,5% até agora neste ano, recuando abaixo da marca crítica de 100 em meados de abril pela primeira vez em quase dois anos.
Isso significa que os investidores estão encontrando boas oportunidades não apenas em moedas como a rupia indiana, cujos rendimentos são superiores aos dos EUA, mas também naquelas com taxas baixas, como o won sul-coreano.
O Goldman Sachs disse que os carry trades foram "um grande tema" em reuniões recentes com seus clientes de Nova York, com interesse crescente nos mercados latino-americanos e europeus.
"Se a volatilidade se estabilizar um pouco mais, começaremos a ouvir mais sobre as operações de carry trade financiadas em dólar", disse o ING Bank.
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