Café: Clima irregular já compromete o desenvolvimento dos chumbinhos em Vargem Alta (ES) 22548
O clima irregular continua sendo uma preocupação dos cafeicultores no Espírito Santo e já afeta o desenvolvimento dos chumbinhos. Com isso, a safra 2016/17 do café arábica em Vargem Alta é uma incógnita e dependerá do comportamento das chuvas. As precipitações ocorreram no final de novembro do ano ado e só retornaram à região na 2ª quinzena de janeiro/16. 702a46
E com o déficit hídrico considerável, o produtor rural do município, Amarildo José Sartori, destaca que as floradas foram espaçadas e os grãos estão em diferentes estágios de desenvolvimento. “Uns estão mais adiantados, enquanto que outros são pequenos. A falta de tratos culturais no momento correto prejudica o desenvolvimento e o enchimento dos grãos. Ainda é prematuro fazer qualquer perspectiva em relação à colheita”, afirma.
Além disso, alguns produtores reduziram o parque cafeeiro e, inclusive introduzindo outras culturas características de montanha como o abacate, renovando muitas lavouras. “Consequentemente, diminui o volume de safra que poderia ser colhida, caso todas as lavouras estivessem em franca produção. Também é preciso destacar que ano ado tivemos perdas em função do clima adverso. A falta de chuvas e o sol forte comprometeram a qualidade dos grãos”, completa o produtor.
Preços
Nesse momento, Sartori sinaliza que os preços seguem firmes no mercado interno, influência da valorização cambial e da escassez de produto de boa qualidade. Atualmente, a saca de café de boa qualidade é negociada entre R$ 400,00 até R$ 430,00 na região. Já o de qualidade inferior é cotado entre R$ 368,00 a R$ 370,00 a saca.
“O problema é que são poucos os produtores que se beneficiam desse cenário. Isso porque, muitos cafeicultores tiveram que negociar o produto com preços mais baixos para quitar as dívidas. E os poucos que têm o café, o produto não tem qualidade”, diz o cafeicultor.
Paralelamente, os custos de produção também subiram nesta temporada acompanhando a movimentação do dólar. “Outra variável que também pesa bastante nos custos é a colheita. A mão-de-obra está escassa e cara na nossa região, uma alternativa seria a mecanização dos trabalhos, porém, os custos são altos”, pondera Sartori.
Produção de conillon
No Norte do estado, o destaque é a produção de café conillon, que também sofreu com a falta de chuvas. “O período de seca impediu que houvesse a retirada de água de mananciais e rios para a irrigação dos cafezais, pois o Governo priorizou o consumo humano. A perspectiva é que em algumas áreas as quebras deverão ser consideráveis”, relata.
Por outro lado, o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, poluiu o Rio Doce. “E há muitos cafezais estabelecidos às margens do rio, o que deve trazer consequências para a produção, já que os cafeicultores ficaram temerosos em utilizar a água do rio”, finaliza Sartori.
0 comentário 26695n

Preço do café arábica fecha sessão de 6ª feira (23) com leve alta, pressionado pela desvalorização do dólar index

Mesmo com os impactos climáticos, safra brasileira de café 2025/26 deve entregar boa qualidade

Café: Importações, exportações e produção; confira análises da Hedgepoint

Café em Prosa #212 - Barista se destaca e ganha o Desafio Koar Andradas/MG com o melhor método de preparo de café coado

Mapa divulga lista de marcas e lotes de café torrado impróprios para consumo

Colômbia prevê alta de 17,5% na safra de café 2024/25