Exportação de milho pode perder força no final de 2020, mas volume do cereal será absorvido pelo mercado interno 3c6336
No período entre fevereiro e junho as exportações brasileiras de milho foram bastante menores em comparação com as registradas em 2019. De acordo com análise da Agrinvest, a diminuição do apetite de compras do Irã e a ocupação dos espaços dos portos pela soja foram os fatores que impactaram nessa diminuição.
A partir de agora, os volumes devem retomar seu crescimento conforme os trabalhos de colheita nas principais regiões produtoras vão avançando durante julho, agosto e setembro. Porém, o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, alerta para a possibilidade de redução na exportação a partir de outubro.
Segundo o analista, o início da colheita no hemisfério norte deve reduzir o custo do cereal ucraniano, que ficaria cerca de US$ 5,00 mais barato por tonelada em comparação com o brasileiro.
Esse movimento tem capacidade para estimular ações de watchout com e redestinação de volumes originalmente destinados à exportação para atender o mercado interno brasileiro, que já registra um salto importante da recuperação da rentabilidade do etanol de milho e pode acompanhar uma retomada das margens do setor de suínos.
Sendo assim, Araújo não acredita que devemos ter dificuldades na liquidez do cereal no país, já que as estimativas para o estoque de agem ao final de janeiro de 2021 variam entre 2 milhões de toneladas (caso as exportações cheguem à estimativa inicial de 34 milhões) e 6,5 milhões de toneladas (caso as exportações caiam para 30 milhões), patamar similar ao de 2021.
Diante deste cenário, o analista aponta que a rentabilidade do produtor brasileiro de milho segue elevada e que a estratégia de comercialização vai depender os custos de cada um, pensando em vender sua safra neste momento, buscar opções de seguros de alta ou aguardar para vender lá na frente.
Confira a íntegra da entrevista com o analista da Agrinvest no vídeo.
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