Na região Oeste da Bahia, excesso de chuvas preocupa os produtores e pode atrasar colheita da soja 144x8
As chuvas excessivas na região Oeste da Bahia têm preocupado os agricultores, já que pode afetar o andamento da colheita da soja, que nesse momento chega a 40% na localidade. Além disso, as precipitações também pode afetar a qualidade dos grãos, cenário que deixa os produtores de sementes apreensivos. 2r4o1x
Segundo o engenheiro agrônomo, Armando Ayres de Araújo, no início dessa semana, o clima estava favorável, porém, as precipitações retornaram à região e devem se estender, principalmente a partir da próxima sexta-feira. Já as primeiras áreas colhidas registram produtividade média ao redor de 45 a 47 sacas de soja por hectare.
A expectativa é que o número se aproxime de 50 sacas de soja por hectare, com o andamento da colheita do grão. “Isso porque, as plantas semeadas mais tarde foram beneficiadas com as chuvas e não sofreram com a estiagem registrada no mês de janeiro na região”, destaca o engenheiro.
No total, a quebra na produção de soja no Oeste da Bahia ficou em 10% devido ao clima bastante irregular desde o início do cultivo. Paralelamente, os preços permanecem voláteis e, atualmente, estão entre R$ 59,50 e R$ 60,00 a saca da oleaginosa. Contudo, o percentual da produção negociada antecipadamente chega a 50%, contra 80% registrada no mesmo período do ano ado.
“Somente os grandes produtores e empresas fixaram parte da safra. A comercialização deve ficar mais diluída ao longo do ano. Já os custos para a próxima safra é uma assunto que tem preocupado os produtores rurais. Temos uma alta entre 20% a 25% em fertilizantes e químicos, o que pode levar os agricultores a migrarem da cultura da soja para o milho na próxima temporada. Até mesmo por falta de crédito para custeio”, acredita Araújo.
Milho
No caso do cereal, as perdas nas lavouras estão abaixo do estimado anteriormente, de 50%. No momento, a quebra é de 35% a 40% e há lavouras com bons rendimentos na cultura, acima de 100 sacas do grão por hectare. “No milho, algumas lavouras semeada mais tarde conseguiram ter uma recuperação, por isso, temos essa surpresa”, explica o engenheiro.
Algodão
Já a cultura do algodão sofre com o excesso de precipitações. Inclusive, algumas plantações registraram a podridão de maçãs do algodoeiro. Com isso, a perspectiva de aumento na produtividade, para 290 arrobas por hectare, não deverá ser confirmada. O rendimento médio projetado para essa safra é de 270 arrobas por hectare.
O engenheiro agrônomo ainda orienta que os produtores brasileiros acompanhem o clima nos Estados Unidos e a evolução do plantio. “Se confirmado um grande plantio, poderemos ter preços mais baixos, durante os meses de maio e junho, e as especulações de clima ainda poderiam favorecer alguns repiques nas cotações”, alerta.
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