Com chuvas constantes, plantio da soja segue atrasado em o Fundo (RS) 6a1q2h

Publicado em 19/11/2015 10:34
Com chuvas constantes, plantio da soja segue atrasado em o Fundo (RS). Produtores devem estar atentos ao aparecimento das doenças, especialmente a ferrugem asiática. Saca do grão é cotada próxima de R$ 80,00 no mercado disponível. No trigo, produtores ainda não finalizaram a colheita. Expectativa era de produtividade em torno de 60 scs/ha, porém, número ficou perto de 20 scs/ha.

Com o grande volume de chuva que tem atingido os estados do sul do país - em especial o Rio Grande do Sul - o plantio de soja não consegue evoluir. Segundo o ultimo levantamento da Emater/RS (Assistência Técnica e Extensão Rural) apesar da boa recuperação em relação à semana anterior (5%), o atual percentual (20%) ainda não alcança a média de anos anteriores, ficando atrás em 17%. 254r3h

O produtor rural, Dilermando Rostirolla, explica que na região de o Fundo (RS) os agricultores só conseguem realizar o plantio nas poucas janelas de tempo aberto que ocorrem nas localidades.

Além disso, o excesso de umidade pode favorecer o aparecimento da ferrugem asiática deixando os agricultores em alerta. De acordo com o Consórcio Antiferrugem desde o início de junho até o momento totalizam 66 casos no Brasil - sendo 29 no Rio Grande do Sul e 17 no Paraná - contra 36 ocorrências no mesmo período do ano ado.

Simultaneamente, os produtores também estão atentos aos preços da soja que giram em torno de R$ 80,00 a saca de 60 kg no mercado disponível. Segundo Rostirolla, esses níveis de preço apesar de parecerem alto estão descolados do mercado internacional e preocupa os agricultores.

"O preço que está sendo praticado para a soja a nível de Chicago é o pior dos últimos tempos, o dólar mesmo ajudando, não sabemos até quando dele permanecerá nesses patamares. E se isso acontecer o produtor terá muito prejuízo", alerta Rostirolla.

Trigo

O excesso de chuva no Estado também prejudicou a cultura do trigo. Segundo o produtor rural na sua propriedade a expectativa era de alcançar um rendimento médio de 60 sacas por hectare, no entanto, com pouco mais de 90% da lavoura colhida os resultados não aram de 20 sacas/ha, com ph60.

"A qualidade do trigo está muito a desejar, o Rio Grande Sul não terá 50% do que previa colher. Esse é realmente o pior momento para o Estado, onde os produtores não conseguiram colher, ficaram as dívidas para pagar que estão sendo renovadas, e o seguro muitos não tinham, por isso os agricultores estão em uma situação bem ruim", explica Rostirolla.

O Estado que já havia reduzido em 30% a área plantada nesta safra, agora também amargam perdas e queda na qualidade do grão. Por outro lado "os trigos de qualidade terão preço com certeza, então os produtores que tiverem esse produto não é momento de vender agora", considera o triticultor.

Ainda assim, os custos da cultura são elevados, e mesmo com preços remuneradores os agricultores terão mais um ano de prejuízos. Segundo Rostirolla "o custo do trigo para fazer um hectare, nos níveis de preços razoavelmente bons, a de 45 sacas", destaca.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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