Relatório do USDA impulsiona Chicago, mas números não são suficientes para manter trajetória de alta para a soja 5b632o
Nesta quinta-feira (12), o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu o mercado revisando os números da produção americana para baixo, de 118,7 milhões de toneladas para 117,2 milhões de toneladas.
A produtividade, por sua vez, também foi revisada, de 59,8 sacas por hectares para 59 sacas por hectare, assim como os estoques, de 13 milhões de toneladas para 11,4 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, se mantiveram no mesmo patamar, mesmo após um grande apetite observado por parte da China.
De acordo com Filipe Dawson, economista da ApexSim, há, de fato, uma menor demanda no mercado, esperada sazonalmente, já que a demanda é deslocada, neste momento, para a América do Sul. Por outro lado, a China também já fez grandes compras e a necessidade não é tão grande.
Para o mercado, os números do USDA não devem afetar as cotações a longo prazo. Na relação interanual, os Estados Unidos continuam tendo uma superssafra recorde, sendo assim um efeito psicológico e especulativo que gerou altas de mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT) hoje.
Na produção estimada para a Argentina, o USDA surpreendeu também ao manter os números em 57 milhões de toneladas, em meio a um cenário no qual são esperadas perdas para a safra do país, com clima desfavorável e inundações. Por outro lado, as estimativas para a safra brasileira vão ao encontro das estimativas feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 104 milhões de toneladas.
Dawson acredita que, nas próximas sessões, o mercado deve voltar ao centro da normalidade, o que não representa uma perda de patamar e, sim, estabilidade nos números que já vinham sendo praticados. Para o produtor brasileiro, o ganho viria de Chicago se o clima não contribuir para a safra em fevereiro.
Para o economista, o dólar tem potencial de alta por conta dos fatores externos que seguem altistas, como a tendência americana de aumentar os juros e o risco político representado pela posse de Donald Trump.
A dica que Dawson dá para os produtores é de esperar e não comercializar agora, já que o mercado não está atrativo para os negócios.
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