Soja encerra semana com perdas de até 7% nos contratos em Chicago; demanda e relatório de plantio nos EUA entram no radar 393k5e
Podcast 3z424d
Soja tem dia de recuperação de preços após recuos significativos ao longo de toda a semana 6e13z
O mercado da soja registrou um movimento importante de recuperação e correção técnica nesta sexta-feira (24), terminando o dia com altas de 8,75 a 17,50 pontos nos principais contratos. Assim, o julho termina a semana valendo US$ 16,10 por bushel, o agosto US$ 15,20 e o novembro, US$ 14,24.
"Não houve apelo de fundamentos, mas de fôlego de forma técnica", explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta. Afinal, as perdas semanais acumuladas pela commodity na CBOT foram substanciais.
O contrato julho cedeu 5,41%, o agosto 6,29% e o novembro, 7,35%. A pressão intensa veio da saída em massa dos fundos investidores das commodities - não só agrícolas, mas metálicas e energéticas também - diante dos temores de uma recessão de um comprometimento do crescimento econômico global bastante severo. No entanto, ainda segundo o consultor, a próxima semana deverá ser de mercado um pouco mais tranquilo e focado em fundamentos importantes.
Leia mais: 1yy1d
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz, na quinta-feira (30), sua primeira revisão de área para safra 2022/23 e as expectativas do mercado são divergentes até aqui. Parte das consultorias aposta em uma redução na área de soja e aumento de milho, outras apostam no movimento contrário e há ainda aquelas que acreditam que possa haver um aumento para ambas culturas.
Nesta sexta, a consultoria Allendale trouxe suas projeções indicando um aumento de área para a soja de 36,81 milhões de hectares estimados em março pelo departamento americano para 37,38 milhões de hectares, e para o milho acredita em um incremento de 36,22 para 36,28 milhões de hectares.
Mais do que isso, ainda entre os fundamentos, a atenção deverá se voltar ao comportamento da demanda chinesa. As últimas semanas têm sido de ausência dos compradores chineses, porém, com as baixas desta semana, a commodity volta a se mostrar atrativa para os demandadores e podem atraí-los de volta ao mercado.
Ainda como explicou Brandalizze, há alguns meses os compradores conseguiam comprar soja, somando Chicago e prêmio, até os US$ 18,00 por bushel para. Porém, com a perda recente também do farelo e do óleo - que foram muito intensas como as do grão - as margens do processamento voltaram a se deteriorar e "agora o preço não pode ar dos US$ 16,50".
O consultor afirma que o mercado da soja ainda conta fundamentos altistas importantes, em especial a relação apertada entre a oferta e a demanda. Assim, o monitoramento sobre o desenvolvimento da nova americana se torna ainda mais importante, o que também deverá ser um destaque no mercado da semana que vem.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, os preços cederam forte nos portos e no interior do país. Ainda assim, a semana se encerra com cerca de dois milhões de toneladas de soja tendo sido negociadas, com o produtor temeroso frente a possibilidade de novas baixas, ainda como explicou Vlamir Brandalizze. A pressão veio não só de Chicago, mas também dos prêmios. Os indicativos que variavam entre 80 e 90 cents de dólar caíram para algo entre 65 e 75.
Assim, nos terminais, as referências que estavam acima dos R$ 200,00 por saca no final da semana ada e início desta, voltaram a recuar e variam entre 190,00 e R$ 193,00, e nas operações mais alongadas - com entrega em julho e pagamento em janeiro23 R$ 197,00.
Já no mercado de balcão, no interior, os preços cederam mais de R$ 10,00 por saca, com o consultor citando o exemplo do balcão no Rio Grande do Sul saindo de R$ 183,00 na segunda-feira (20) para R$ 173,00 nesta sexta.
0 comentário 26695n

Soja dispara em Chicago nesta 6ª feira, preços sobem no BR e sinalizam oportunidade de venda

Cepea aponta queda na margem das processadoras de soja do Brasil

Soja fecha 6ª feira com quase 30 pts de alta em Chicago puxada pela disparada do óleo e do petróleo

Óleo testa limite de alta em Chicago com Oriente Médio e biocombustíveis nos EUA e soja dispara

Petróleo dispara com ataque de Israel ao Irã, puxa óleo de soja e impacta no grão nesta 6ª feira

Mais que o relatório de oferta e demanda, números fracos das vendas semanais pressionam soja em Chicago nesta 5ª feira