Exportação brasileira de feijão ganha novo fôlego com vendas antecipadas. É a primeira vez que esse tipo de negociação acontece no Brasil z5q6
O feijão brasileiro tem ganhado reconhecimento do mercado internacional, tanto que os produtores conseguiram realizar comercializações antecipadas para exportação, um fato inédito no mercado do feijão brasileiro. 1v6u1j
"A colheita vai acontecer no mês de maio, e o embarque em junho e já tem contratos fechados desde o mês de março. Então isso mostra um amadurecimento da exportação brasileira e o reconhecimento pelo trabalho que está sendo feito aqui", declara Marcelo Lüders, da Correpar.
Este mercado possibilita novas oportunidades aos produtores, principalmente da variedade caupi, haja vista que a oferta no mercado interno deve ser grande. "Imagina se esse feijão é como o carioca, que não dá pra exportar, então isso sobrar esse feijão na mão do produtor e causar problemas enormes", completa o analista.
E mesmo a remuneração acontecendo em reais - com o dólar na casa dos R$ 3,10 a R$ 3,20 - Lüders considera que o produtor vai garantir parte da sua remuneração, mesmo porque há uma grande dúvida sobre o comportamento do câmbio no médio prazo, então seria vantajoso fixar alguns contratos para garantir os custos.
Na média as comercializações são realizadas em torno dos R$ 50,00/saca, valor que remunera o produtor, já que os tratos culturais para essa variedade são menos custosos. Além disso, o mercado para o feijão caupi é promissor com possibilidades de exportação a Índia.
"Existem algumas variedades de feijões que tem a possibilidade de demanda impressionante nos próximos anos. Então diante do possível aumento de produção no Brasil, essa é a alternativa, e até o momento a única. Produzir não só para os brasileiros, mas também ter o olho no mercado de feijões mundial", afirma Lüders.
Uma vantagem que o Brasil possui sobre o cultivo deste grão é a alternativa de produzir em diversas regiões e ter o produto em várias épocas do ano. Segundo Marcelo, "nós temos a possibilidade de produzir 2 a 3 safras, o que abre a possibilidade de negociar com empresas do mundo inteiro em condições que outros países não tem", como por exemplo, reduzir os estoques de industrias que tem de comprar matéria prima de uma única safra.
Lüders conta que fará encontros nos Estados Unidos justamente para buscar novos mercados para a variedade caupi produzida no Brasil, e "discutir o fluxo de ofertas nos próximos 12 meses, para que se possa planejar as próximas safras e os investimentos nas novas variedades".
Mercado Interno
No mercado interno a expectativa é de colher no mês de abril e maio cerca 10 a 11 milhões saca de feijão carioca. E os produtores acompanham apreensivos as condições climáticas, pois uma possível geada pode gerar quebra de produtividade.
Com o pico da safra a partir do final de abril, os analistas avaliam que os preços devem recuar, sendo que no Paraná as negociações acontecem no intervalo de R$ 130,00 a R$ 135,00 a saca.
Sendo assim, os produtores que tem o produto disponível "a hora é de ir vendendo, e não apostar em nada", conclui Lüders.
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Cristhian Chapecó - SC 11/04/2015 16:39 3i4v4f
Olá, gostaria que me informasse o whatsapp que o Marcelo mencionou para os produtores de feijão trocarem informações.
obrigado