Sem chuvas há mais de 15 dias, produção de milho safrinha já tem perda consolidada em Ipiranga do Norte (MT) 735i5j
A produção de milho safrinha já tem perda consolidada em Ipiranga do Norte (MT) devido à ausência de chuvas e as altas temperaturas. Ainda não é possível quantificar os prejuízos, porém, depois da falta de precipitações que já ultraa os 15 dias e, em alguns casos supera 5 semanas, já é possível ver os reflexos nas plantações do cereal.
O produtor rural do município, Gilberto Peruzi, destaca que as lavouras mais afetadas são as que estão em fase de formação de grãos, semeadas no final de fevereiro e início de março. “Quem conseguiu plantar dentro da normalidade, no mês de janeiro, tem o milho garantido. Entretanto, quem cultivou depois desse período, entre fevereiro e março, já perdeu e não há como voltar atrás”, destaca.
Contudo, o produtor ainda ressalta que algumas plantações ainda podem apresentar uma recuperação, caso as chuvas retornem. Porém, a grande preocupação é que as previsões climáticas não indicam grandes volumes de chuvas para a região nos próximos dias. “Para essa segunda-feira tínhamos previsão de chuvas, mas não há uma nuvem o céu. E a cada dia que a agrava a situação”, diz Peruzi.
Diante desse cenário, a perspectiva é que a produtividade das lavouras fique entre 80 sacas a 90 sacas de milho por hectare. “Hoje temos uma incerteza muito grande, mas estávamos com uma média de 100 sacas do grão por hectare nas últimas safras”, acredita o agricultor.
Pragas nas lavouras
Além disso, o clima seco também contribuiu para o aparecimento do percevejo e também do ácaro, que não era muito comum, nas lavouras do cereal. Consequentemente, os custos de produção ficaram mais altos nesta temporada.
“Nas minhas lavouras já realizamos 5 aplicações para o percevejo e 2 para o ácaro até o momento. O ácaro é um sugador e pode afetar o peso do milho. Outro fator que também pesa no bolso do produtor é que a aplicação é aérea, por conta do tamanho do milho”, pondera o produtor.
Preços do cereal
Mais uma vez, os agricultores estão preocupados com os contratos feitos anteriormente. “Teremos produtores, especialmente os cultivaram mais tarde que terá problemas com essa situação. E é uma tradição do produtor travar entre 60% a 70% da estimativa de colheita”, alerta Peruzi.
Já os preços giram em torno de R$ 35,00 a saca no mercado disponível, em função da oferta escassa nesse instante. Por outro lado, os contratos para a safrinha estão próximos de R$ 18,00 a saca. “É uma diferença muito grande, mas, com certeza, mesmo com a quebra na safra, os valores praticados tendem a ceder”, finaliza o agricultor.
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