Ibrafe: demanda firme para o feijão-carioca em Goiás 72496i
Após o alerta emitido ontem sobre os riscos do Brasil plantar 300 mil hectares de Feijão-preto na segunda safra, surgiram diversas reações. Alguns torceram pelo desastre e criticaram a preocupação do IBRAFE com o excesso de oferta. “Deixe que o mercado se ajuste sozinho”, opinaram. Outros agradeceram e informaram que irão diminuir a área plantada no último momento. 47l1
Se em 2023, quando identificamos uma janela de exportação considerável que poderia ser aproveitada em 2024, alertamos e o setor aproveitou, e se, durante cinco anos, insistimos que o Brasil não precisaria importar Feijão-preto se os produtores o cultivassem localmente, não seria ético ficarmos em silêncio agora.
Ontem, no caso do Feijão-carioca, observou-se uma demanda firme até R$ 230 em Goiás, R$ 240 em Minas Gerais e R$ 240 em São Paulo para Feijões nota 9. Entretanto, esse tipo de Feijão está escasso. Por outro lado, há um excesso de oferta de Feijões de menor qualidade, com preços a partir de R$ 150, mas com danos como manchas e brotos. No Mato Grosso, também foram reportados poucos negócios, com valores máximos de R$ 200 por saca de 60 quilos.
Com o mercado saturado de produto comercial, grandes redes como Assaí, Atacadão e outras estão vendendo Feijão com muitos defeitos a preços baixos e qualidade inferior. Isso faz com que os compradores percam a pressa em adquirir o produto, enquanto os produtores, ansiosos, pressionam o mercado, contribuindo para sua lentidão.
Uma excelente notícia, no entanto, circulou ontem a partir de Curitiba. A URBANO Alimentos, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, uma empacotadora e membro do Clube Premier do IBRAFE, lançou o Feijão em pote, pronto para consumo e sem aditivos. Basta aquecer no micro-ondas e consumir no próprio recipiente. O preço sugerido ao varejo é de R$ 8,99 por 299 gramas.
Essa iniciativa se soma às da Vapsa Alimentos e da Caldo Bom, que comercializam com sucesso embalagens de Feijão pronto para consumo, embora com conceitos ligeiramente diferentes, mas igualmente práticos.
A carga tributária sobre esses produtos ainda é alta, pois eles não são classificados como itens da cesta básica, possivelmente por falta de lobby no setor. Contudo, à medida que esses formatos inovadores ganhem força e se unam aos tradicionais, estaremos atendendo uma parcela cada vez maior da população: casais sem filhos, pessoas que moram sozinhas e buscam praticidade, para quem o preço não é a principal preocupação.
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