Mesmo com quebra na safra de café 2025, Brasil deve seguir suprindo demanda interna e exportações 2a1f46

Publicado em 12/05/2025 16:20 e atualizado em 12/05/2025 17:57
Eduardo Carvalhaes - Analista de Mercado do Escritório Carvalhaes
Estimativas apontam uma melhor temporada para o café brasileiro, mas produção deve ser muito semelhante à de 2024
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Mesmo com quebra na safra de café 2025, Brasil deve seguir suprindo demanda interna e exportações 4u1fl

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Os preços do café encerram a sessão desta segunda-feira (12) com fortes quedas nas bolsas internacionais. 

De acordo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, os fundamentos do mercado do café continuam os mesmos, mas hoje o que pode ter pesado sobre os preços futuros é a estimativa de uma melhor safra brasileira 2025, que deve ser muito semelhante ou pouca coisa maior ao volume da temporada de 2024, e a reação do mercado diante do acordo comercial entre Estados Unidos e China para reduzir suas tarifas punitivas, que fez com que os especuladores e investidores se reposicionassem. 

Segundo o Barchart,  a recuperação no índice do dólar index para uma máxima de 1 mês também foi baixista para os preços em NY.

Avaliação da Safras & Mercado aponta para uma produção brasileira de café 2025/26  estimada em 65,51 milhões de sacas de 60 quilos, volume que representa um aumento de quase 5% na comparação com a previsão anterior da consultoria. Com uma revisão para cima na produção de grãos arábicas e canéforas, a Safras vê agora uma queda de apenas 1% em relação à safra ada. Para o arábica, a expectativa é de uma safra de 40,46 milhões de sacas, representando uma queda de 11% na comparação anual. Já a colheita de café conilon ficaria em cerca de 25 milhões sacas, registrando assim um aumento anual de 20%. 

Carvalhaes destaca que, mesmo que a produção da nova safra brasileira esteja acima do esperado, o volume continua deficitário para atender a demanda interna e as exportações dos próximos meses, mas o país não deve deixar de cumprir os compromissos com o mercado global. 

Em NY, o arábica fecha o dia registrando uma queda de 1.470 pontos no valor de 382,45 cents/lbp no vencimento de maio/25, um recuo de 1.480 pontos negociado por 372,95 cents/lbp no de julho/25, uma baixa de 1.400 pontos no valor de 368,45 cents/lbp no de setembro/25, e uma desvalorização de 1.320 pontos no valor de 361,85 cents/lbp no de dezembro/25.

O robusta registra baixa de US$ 179 cotado por US$ 5,022/tonelada no contrato de maio/25, uma queda de US$ 174 no valor de US$ 5,052/tonelada no de julho/25, um recuo de US$ 168 negociado por US$ 5,013/tonelada no de setembro/25, e uma perda de US$ 161 no valor de US$ 4,961/tonelada no de novembro/25.

Mercado Interno

Nas áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas, as movimentações no mercado físico brasileiro acompanharam as quedas da bolsa de NY.

Ainda segundo Eduardo Carvalhaes, os lotes de café da safra 2024 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos, e com a colheita da nova safra começando devem sair alguns negócios com cafés remanescentes desta safra/24.

O Café Arábica Tipo 6 registra baixa de 3,29% em Machado/MG no valor de R$ 2.500,00/saca, uma queda de 2,64% em Franca/SP negociado por R$ 2.580,00/saca, e um recuo de 2,69% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.530,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra o pregão com perda de 3,36% no valor de R$ 2.585,00/saca em Guaxupé/MG, uma queda de 1,89% em Varginha/MG cotado por R$ 2.600,00/saca, e uma baixa de 1,42% no valor de R$ 2.780,00/saca em Poços de Caldas/MG. 

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Por:
Raphaela Ribeiro
Fonte:
Notícias Agrícolas

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