Datafolha Economia – Brasileiro menos pessimista. Faz sentido! (por REINALDO AZEVEDO) 4k581x
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Datafolha Economia 1 – Brasileiro menos pessimista. Faz sentido! 2g5w29
Quando se consideram números da economia, entende-se por quê. Entre dezembro e abril, a inflação caiu de 6,29% para 4,57%, e a Selic, de 13,75% para 11,25% 621c5f

(Datafolha/Folha/Reprodução)
Coitados dos brasucas! Estão proibidos de ter esperança!
E a gestão Michel Temer, então? Os brasileiros reconhecem, sim, que as coisas estão melhorando. Mas a avaliação que fazem do governo piorou. Isso suscitou uma questão que farei ao Datafolha em outro post. Sigamos.
Os brasileiros estão proibidos de ter esperança porque a direita xucra e o Ministério Público Federal, com seu ódio à política, não deixam — além, claro!, da atuação deletéria da esquerda chinfrim de sempre. Mas, hoje em dia, esta é menos relevante nesse particular. Por que digo isso? É que a pesquisa Datafolha feita nos dias 26 e 27 do mês ado indica que a população reconhece que as coisas estão melhorando, mas… Cresceu bastante os que sentem vergonha de ser brasileiros!!! Vamos ver.
Caiu o número dos que avaliam que a economia vai piorar. Na pesquisa ada, de 7 e 8 de dezembro de 2016, eram 41% os que tinham essa expectativa; agora, 31%. Os que acham que a coisa vai melhorar foram de 28% para iguais 31%. Caíram de 35% para 27% os que pensam que tudo ficará na mesma. Foram ouvidas 2.781 pessoas em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Melhora da vida pessoal
Atenção! Os entrevistados também estão mais otimistas em relação à sua situação econômica pessoal. Saltaram de 37% em dezembro para 45% agora os que acham que haverá melhora. E houve queda significativa nos que esperam uma piora: de 27% para 18%. Na pesquisa anterior, 59% apostavam que seu poder de compra iria diminuir. Agora, 44%. Até o pessimismo com o desemprego, que é estratosférico, diminuiu, embora continue muito alto: os que anteveem mais desemprego caíram de para 57%; eram 16% os que esperavam uma melhora; agora, 20%

(Datafolha/Folha/Reprodução)
O brasileiro ainda segue mais pessimista do que otimista — fica para outro post. Segundo critérios do Índice Datafolha de Confiança (IDC), um número abaixo de 100 indica pessimismo; acima, otimismo. A apuração de agora deu 97, mas era de 87 em dezembro.
C0mo explicar?
Como explicar esse crescimento do otimismo com a economia. É simples. Entre a pesquisa anterior e esta, o IPCA caiu de 6,29% (período de 12 meses encerrado em dezembro) para 4,57% até março. O centro da meta é de 4,5%. Mas gato escaldado, submetido ao terrorismo cotidiano do fanatismo lava-jatista juramentado, fica com medo… Em dezembro, os juros estavam 13,75%; agora, em 11,25% — 2,5 pontos percentuais a menos.

(Datafolha/Folha/Reprodução)
Então notem: há um efetivo reconhecimento de que as coisas caminham para melhor, mas ainda chegam a 56% os que acham que a inflação vai crescer. Bem, era 66%. Saltaram de 19% para 27% os que vislumbram que tudo ficará como está. E pode ter havido uma ligeira alta, de 11% para 13%, entre os que anteveem melhora.
E como explicar o crescimento da avaliação negativa sobre o governo Temer. Bem, leiam no próximo post.
Datafolha Economia 2 – O Brasil melhorou, mas o governo piorou? 3p6t1c
Se a economia está menos pior, se a expectativa das pessoas sobre a sua própria vida econômica é mais positiva, o que explica o recorde negativo do governo?
Pois é, pois é…
Então o brasileiro avalia que a economia está melhorando — é o que explica a queda razoável do pessimismo entre dezembro e abril, mas atribui ao governo Temer o seu recorde negativo? Então o brasileiro acha que a sua própria vida econômica terá um salto positivo, mas atribui ao governo Temer o recorde negativo? É justo? Já escrevi aqui que não. É explicável? É. Um fator é conhecido. E há uma hipótese que convido o Datafolha a avaliar.
Vamos lá. No período em que a inflação volta ao centro da meta, em que há uma queda substancial de juros — e isso leva à queda do pessimismo, é claro! —, por que aram de 51% em dezembro para 61% no fim do mês ado os que consideram o governo ruim ou péssimo? “Ah, é o desemprego; é a recessão; é a crise.” Bem, isso tudo estava dado em dezembro. E NOTEM: NÃO ESTOU EU AQUI A COBRAR QUE A POPULAÇÃO RECONHEÇA, NO PORRETE, QUE AS COISAS MELHORARAM. ELA O DISSE POR CONTA PRÓPRIA.
Bem, o fator conhecido é óbvio, é ululante. Está na raiz do número espantoso de pessoas que dizem sentir vergonha de ser brasileiras. Farei um post específico a respeito. Refiro-me, sim, ao eixo que se formou entre a direita xucra, a Lava Jato e, lamento constatar, setores da imprensa. Essa turma forma hoje uma espécie de “partido” da demonização da política.
Ora, se autoridades — afinal, os procuradores o são — saem pregando aos quatro ventos que só há ladrões no país; que os “políticos” conspiram contra a Lava Jato; que o próprio Supremo Tribunal Federal (nesse caso, sobra a sugestão no ar) estaria pouco empenhado na Justiça, o que esperar? Isso tudo é visto como “culpa do governo”.
Mais: há, nesse intervalo, o efeito devastador da chamada “Lista de Janot”. A forma como o procurador-geral da República encaminhou o seu rol de pedidos de inquérito e a acusação permanente que fazem seus pares de que Câmara, Senado e até governo querem obstar a operação, bem, essas duas coisas concorrem para que se olhe o governo com desconfiança.
Ora, tenham paciência! Então os entrevistados veem uma melhora no país e na sua própria vida econômica, mas consideram que o governo piorou? É claro que está falando aí o ódio à política.
A pesquisa
E eu vou propor aqui uma questão. Não! Não ponho em dúvida a idoneidade do Datafolha. Eu e todo mundo sabemos que o instituto é uma espécie de “magister dixit” do mundo das pesquisas. Quando institutos começam a divergir, o mercado das ideias logo fala: “Vamos ver o que diz o Datafolha”. O nome disso é credibilidade.
Posto isso, segue a minha dúvida. Será que faz sentido investigar, numa mesma pesquisa, o que a população pensa das reformas trabalhista e previdenciária e que avaliação faz do governo Temer? Não me parece o mais prudente. Não há o risco de uma coisa contaminar a outra, pouco importa a ordem das perguntas?
“Ora, Reinaldo, é claro que a rejeição às reformas interfere na avaliação sobre o governo Temer. Sim, eu sei disso. Eis a razão por que, parece-me, não convém misturar as coisas — uma mistura agravada, acho, pelo levantamento também eleitoral. Vejam lá: Lula e Marina — os prediletos das simulações de segundo turno são… contra as reformas e contra o governo.
Não! Não acho que os dados tenham sido manipulados nesse ou naquele sentido. O que vai na pesquisa é compatível com o que a gente percebe nas ruas ou mesmo em círculo de amigos. Creio que o Datafolha divulgou o que apurou. Mas acho que há o risco de a apuração ter sido distorcida pelo excesso e sobreposição de temas.
Concluo
E que fique claro: se a hipótese que levanto sobre a pesquisa faz sentido, ainda assim, ela tem uma influência reduzidíssima nos números apurados. O que leva a população a dizer que, em quatro meses, piorou o governo que, ela mesma ite, melhorou o Brasil são as sucessivas crises artificiais deflagradas pela substituição da política pela polícia.
Deputado pró-Lula me elogia, e a canalha rosna. A caravana a! 17a5z
Sílvio Costa, que lutou bravamente contra o impeachment, elogia artigo meu. Como não faço trocas e escrevo o que quero, agradeço a citação
No dia 25 de abril, o deputado Sílvio Costa, líder do PTdoB-PE, que militou contra o impeachment até o fim, afirmou o seguinte no plenário da Câmara.
Transcrevo:
“Vocês que odeiam Lula respeitem Sergio Moro. Vocês estão pensando que Sergio Moro vai fazer o que vocês querem. Eu nunca pensei, na minha vida, em concordar com o jornalista Reinaldo Azevedo. Você que odeia Lula leia hoje o artigo de Reinaldo Azevedo. Nunca pensei, Reinaldo, em concordar contigo. Mas você hoje mostrou — e já estão te chamando de “mortadela, viu Reinaldo?… Você demonstrou hoje que se pode fazer jornalismo com dignidade neste país. Esse cara odeia o PT, mas ele fez um artigo competente. Não adianta você querer odiar e querer prender… Vocês não vão prender Lula, rapaz!”
O deputado se referia a este post meu, em que afirmou que Moro adiou o depoimento do ex-presidente em razão da fragilidade das provas de que dispõe. Documentos de fé pública dizem que o apartamento de Guarujá pertence à OAS, e testemunhos dizem que ele é de Lula. É uma sinuca. A prova material está a favor do petista.
Eu não opinei. Eu apenas informei.
A canalha que vive de depredar a reputação alheia porque não consegue construir a própria saiu gritando: “Olhem quem está elogiando o Reinaldo Azevedo…”. E daí? Pelos motivos expostos pelo deputado, agradeço a gentileza.
Até porque ele sabe que acho que Lula é culpado. Nesse caso e em muitos outros. Mas a Justiça, na democracia, não é o que eu acho. Na democracia, só se condena com provas.
Quem não gostar que e a defender a ditadura.
Eu continuarei a ser o liberal de sempre. De direita, claro!
A 2ª Turma do STF é o caminho mais curto para a saída da cadeia (AUGUSTO NUNES) 50385c
José Dirceu sabe o que Bumlai guarda em sigilo e muitíssimo mais. O guerrilheiro de festim foi o subchefe de Lula

Brasil, São Paulo, SP, 15/11/2013. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (de branco) chega na sede da Polícia Federal no bairro da Lapa de Baixo, zona oeste da capital paulista, para se entregar. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, mas, começa a cumprir pena em regime semiaberto, apenas para o primeiro crime, enquanto aguarda a análise dos embargos infringentes para o segundo. - Crédito:ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:151296
“Este é um caso complexo e triste da nossa própria história”, disse Gilmar Mendes, no início do voto que decidiria o pedido de habeas corpus de José Dirceu, preso desde 3 de agosto de 2015 e condenado por Sérgio Moro a 32 anos e um mês de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Por alguns instantes, algum desavisado pode ter imaginado que o ministro do Supremo Tribunal Federal estava se referindo ao maior escândalo de corrupção já noticiado no país.
Errou, mostraria a continuação da fala que colocaria em liberdade o subchefe do mensalão e um dos protagonistas do petrolão: “Não podemos nos ater à aparente vilania dos envolvidos para decidir acerca da prisão processual. E isso remete à própria função da jurisdição em geral, da Suprema Corte em particular. A missão de um tribunal como o Supremo é aplicar a Constituição, ainda que contra a opinião majoritária”.
Ex-advogado do PT, Antônio Dias Toffoli também decidiu ajudar o antigo companheiro. “A prisão preventiva não pode ser utilizada como um instrumento antecipado de punição”, afirmou o ministro que, na semana ada, livrou da cadeia o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-assessor do PP João Cláudio Genu.
Terceiro voto a favor, Ricardo Lewandowski foi além: “O risco de reiteração é remotíssimo”, delirou. “Não se pode impor ao paciente que aguarde preso indefinidamente eventual condenação no segundo grau de jurisdição”.
A decisão por três votos a dois provou que o caminho mais curto entre uma cela e o portão de saída da cadeia começa e termina na sala em que delibera a 2ª Turma do STF. Na semana ada, esse atalho foi percorrido por Bumlai, o empresário vigarista que, no governo do amigo Lula, entrava sem pedir licença no Palácio do Planalto. Hoje, foi utilizado por José Dirceu.
O sonho de todo condenado em primeira instância é ser libertado antes que sejam descobertos os crimes que não confessou. É esse o caso de Bumlai e de Dirceu. Premiados com a devolução do direito de ir e vir, ambos se dedicarão em tempo integral a obstruir a Justiça e ocultar provas (ou destruí-las).
O fazendeiro espertalhão ainda mantém no baú dos pecados mortais um punhado de bandalheiras de altíssima voltagem. Sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel, por exemplo, ele sabe muito mais do que a imprensa publicou.
O guerrilheiro de festim conhece bem o que Bumlai guarda em sigilo e muitíssimo mais. Ele foi o subchefe de Lula. É provável que só saiba menos que o comandante supremo da maior sequência de assaltos aos cofres públicos da história do Brasil.
Editorial do Estadão: O PT se desmancha 1x5x27
Politicamente encurralado numa situação adversa que só tende a piorar, o PT apela para o quanto pior, melhor, nas palavras e nos atos

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente (PT): será investigado em seis procedimentos no STF e na Justiça Federal do Paraná (Jefferson Coppola/VEJA)
Se Lula pretende contar com o apoio da militância de seu partido para se livrar da Lava Jato e congêneres e candidatar-se à Presidência da República no próximo ano, terá de agir rápido, porque o PT está acabando: em cerca de 1.120 – quase 30% do total – das 4,1 mil cidades onde se davam como organizados, os petistas não conseguiram montar uma chapa de 20 filiados para compor o novo diretório municipal, no Processo de Eleições Diretas (PED) realizado no dia 9 último em todo o País. É uma situação que confirma a tendência registrada no pleito municipal do ano ado, quando o partido perdeu mais da metade das prefeituras conquistadas em 2010: caiu de 630 para 256, elegeu prefeito em apenas uma capital, Rio Branco, e sofreu derrota humilhante em seu berço e mais tradicional reduto eleitoral, a região do ABC.
O vexame do processo de eleições petista teve de tudo um pouco a “explicá-lo”, desde a dificuldade para preencher as cotas obrigatórias destinadas a mulheres, jovens, negros e índios até a suspeita de fraudes, com denúncias sobre a existência de um grande número de nomes fictícios e até de defuntos nas listas de eleitores. Nas situações críticas que enfrentou ao longo de seus 37 anos de existência, o PT esmerou-se sempre em fazer-se de vítima. Não é diferente agora. Quando existem, permanecem restritas a ambientes protegidos as análises autocríticas. Ninguém fala em público sobre, por exemplo, os escândalos que levaram à cadeia destacados líderes do partido. E, no entanto, tais escândalos de corrupção começaram no primeiro mandato de Lula e não pararam mais. A culpa é sempre dos outros: “Essa queda (do número de diretórios) reflete uma situação em que o partido perde com a saída de prefeitos e vereadores em função dos ataques que sofremos”, justificou em depoimento ao Estado o secretário nacional de Formação Política, Carlos Árabe.
Há ainda dirigentes que pretendem fazer crer que tudo está bem, apesar de o comparecimento às eleições internas deste ano ter sido o menor desde 2005 (300 mil) e atingido apenas 58% do maior deles, em 2009 (500 mil), e 72% do último, em 2013 (400 mil). “Ver que 290 mil pessoas saíram de casa para votar mostra que o partido está muito vivo”, na otimista opinião da vice-presidente do PT, Gleide Andrade.
Como em casa em que falta pão todos reclamam e ninguém tem razão, mais esse confronto do PT com o doloroso processo de seu vexaminoso desmanche tem sido motivo para o acirramento dos ânimos entre as correntes internas do partido. Valter Pomar, da corrente Articulação de Esquerda, adversário histórico de Lula e seu grupo majoritário, publicou texto em que invectiva contra a direção partidária, a quem atribui a responsabilidade pelas várias irregularidades constatadas no PED – e, em particular, pelo fato de no município mineiro de Brasília de Minas todos os 569 votos terem sido dados à chapa “oficial”, apoiada pelo governador Fernando Pimentel. Classificou as irregularidades de “fraude sistêmica, generalizada e em escala industrial”. Foi contestado por Gleide Andrade: “O Valter Pomar não sabe nem onde fica Minas Gerais no mapa”.
Politicamente encurralado numa situação adversa que só tende a piorar, o PT apela para o quanto pior, melhor, nas palavras e nos atos. O presidente do partido, Rui Falcão, em nota sobre a fracassada greve geral de sexta-feira ada contra os “planos sinistros do governo usurpador”, agrediu o bom senso e insultou o discernimento dos brasileiros ao afirmar que, “além de pretenderem liquidar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas, querem também criminalizar a esquerda e interditar o presidente Lula”, que “lidera todas as pesquisas para as eleições de 2018, apesar da perseguição e da escalada de mentiras contra ele”.
Falcão concluiu a nota reiterando a convocação, que, como se viu, não teve o efeito que ele esperava: “O engajamento na greve geral, em defesa dos(as) trabalhadores(as) e de suas reivindicações, tem relação direta com as lutas pelo fim do governo ilegítimo e pela convocação antecipada de eleições gerais para restabelecer a democracia violada pelos golpistas”.
Tanto desespero, no entanto, não é causado pelo remorso que deveria assombrar os petistas responsáveis pelo assalto ao Tesouro.
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