Emater/RS-Ascar orienta produtores sobre riscos da Raiva Herbívora 5my6r
Com o alerta sanitário desde fevereiro de 2024 sobre o Rio Grande do Sul, segue sendo detectada a presença de morcegos hematófagos em localidades do meio rural do Rio Grande do Sul. As últimas ocorrências registradas pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) são do início e final de maio, no Norte do Estado, quando foram notificados dois novos focos de raiva herbívora transmitida por morcegos, o que aumenta os riscos para a saúde animal e humana. Para evitar novos focos e a morte de animais, técnicos da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Seapi, têm intensificado ações de orientação junto aos produtores. O objetivo é fomentar a vacinação e monitorar o rebanho, localizando as colônias de morcegos para comunicar as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs), a fim de adotar práticas de controle que evitem a transmissão da raiva herbívora. 2e643h
As ações são conduzidas pela Seapi, através do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) e do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), que pertencente ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), com apoio da Emater/RS-Ascar. “A vacinação e, principalmente, o monitoramento constante do rebanho por parte dos produtores são essenciais para prevenir surtos e ataques de morcegos nos animais e proteger a produção pecuária”, destaca Carlos Roberto Viera da Cunha, médico veterinário, responsável pela área de Defesa Sanitária Animal da Emater/RS-Ascar na região de Porto Alegre.
As orientações de prevenção e registro de casos de raiva incluem palestras, visitas técnicas e distribuição de materiais educativos, que destacam a importância da notificação imediata em casos suspeitos de mordeduras em rebanhos ou morte de animais com sintomas neurológicos. A atuação técnica vai desde a educação sanitária, com o foco em orientar produtores sobre os sintomas e a prevenção da raiva.
O papel da inspetoria veterinária é destacado como central no processo de monitoramento e contenção da doença. No entanto, a comunicação por parte dos produtores e pecuaristas ainda é um desafio. “Muitas vezes, nós, da Emater, somos o elo entre o produtor e a inspetoria. O produtor não tem contato direto com o serviço, e nós fazemos essa ponte, para comunicar suspeitas e acionar o protocolo de diagnóstico e controle”, explica Cunha, ao ressaltar que a confirmação da raiva é feita pelo laboratório do IPVDF, onde são analisadas amostras cerebrais dos animais mortos. “A partir da confirmação, ações de vacinação e conscientização nas áreas afetadas ficam mais intensas”, diz o extensionista.
SINAIS DE ALERTA
A detecção e o georreferenciamento das colônias de morcegos hematófagos são fundamentais para o controle populacional. Em situações de surtos, equipes especializadas, utilizando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), capturam os morcegos, aplicando pasta anticoagulante em alguns indivíduos e, em seguida, soltando-os de volta à colônia. O veterinário explica que, devido ao comportamento social e à prática de lambedura mútua, a pasta é facilmente transmitida entre os morcegos, contaminando-os e, assim, auxiliando no controle da população.
O morcego hematófago alimenta-se de sangue, de preferência de animais de grande porte, como bovinos e equinos. Sua atividade é noturna, e os sinais mais evidentes de sua presença incluem feridas circulares superficiais. “Onde há mordedura, há risco. O produtor tem a obrigação sanitária de comunicar os órgãos especializados. Só assim é possível fazer o georreferenciamento dos abrigos e criar uma estratégia de controle”, alerta Vieira.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Como a raiva pode ar para o ser humano, a principal medida preventiva continua sendo a vacinação, em especial nas regiões onde há registros da doença ou presença de colônias de morcegos hematófagos. A vacinação pode ser realizada pelo produtor durante todo o ano, conforme recomendação dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar e das IDAs.
Os morcegos, de modo geral, desempenham papéis ecológicos fundamentais, como o controle de insetos e a polinização. No caso dos hematófagos, é preciso diferenciar das demais espécies, que não oferecem risco à produção agropecuária. São animais silvestres e estão protegidos pela legislação ambiental. Apenas os técnicos especializados da Seapi têm autorização para manipulação destes animais.
As ações de educação sanitária realizadas pela Emater/RS-Ascar fazem parte de uma estratégia de cuidado à saúde animal e humana no meio rural, e são feitas através do diálogo direto com os produtores, buscando reforçar a importância do monitoramento constante e da adoção de práticas preventivas que protejam os rebanhos e as famílias do campo.
Em casos de suspeita da presença de morcegos hematófagos ou de surtos de raiva, os produtores devem informar os órgãos especializados para que sejam tomadas as providências adequadas.
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