Café: Cotações do arábica perdem cerca de 150 pts nesta 2ª em NY, mas se mantém acima de US$ 1,40/lb 3n6p68
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o pregão desta segunda-feira (8) com queda próxima de 150 pontos, mas permaneceram acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O mercado realizou ajustes técnicos diante do avanço na sessão anterior, mas também sentiu a pressão do câmbio durante a sessão. 676js
O contrato setembro/16 anotou 141,10 cents/lb com 140 pontos de baixa, o dezembro/16 teve 144,80 cents/lb com 135 pontos negativos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia cotado a 147,95 cents/lb também com 135 pontos de desvalorização, enquanto o maio/16 registrou 149,75 cents/lb com 130 pontos negativos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores nos mercados globais continuam na defensiva à espera de fatos novos, o que impede oscilações expressivas. "No caso do café, o dia foi de acomodação especulativa após as grandes oscilações presenciadas na semana ada, nos terminais internacionais de Nova York e Londres", afirma.
Apesar da baixa, as cotações do arábica na ICE conseguiram se manter acima de US$ 1,40/lb. "Os es macros do mercado estão sendo mantidos, deixando a sensação entre os operadores de que um grande processo de consolidação de expectativas está em curso", pondera Magalhães.
Além das questões técnicas, o câmbio também exerceu pressão sobre o mercado. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 3,1677 na venda com queda de 0,04%. No entanto, na mínima do dia, a moeda chegou a registrar R$ 3,1599. As oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity.
Em julho (21 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,73 milhões de sacas, com receita de US$ 271,4 milhões. Os dados foram divulgados na segunda-feira (1º) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na semana ada, as cotações do grão tiveram perda acumulada de pouco mais de 2% com o mercado realizando ajustes técnicos, acompanhando as informações sobre a colheita da safra 2016/17 do Brasil e atento ao câmbio. O dólar acumulou queda de 2,28% na semana.
Segundo agências internacionais, o avanço da colheita no Brasil também atua como fator baixista para as cotações no terminal externo. Segundo estimativa da Safras & Mercado divulgada na quinta-feira (4), a colheita brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas.
De acordo com mapas climáticos, a instabilidade volta nesta semana em algumas áreas produtoras do Brasil. Podem ocorrer chuvas fracas e dispersas sobre o Paraná, São Paulo, Sul do Espírito Santo e Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.
Mercado interno
As praças de comercialização do Brasil iniciaram a semana com poucos negócios. "Os preços internos do café vêm se mantendo sustentados, independente se robusta ou arábica, mas o sentimento geral é que os mesmos estão equacionados dentro de suas possibilidades de curto prazo", pondera Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca – estável . A maior variação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) e Poços de Caldas (MG) com queda de 0,91% e saca a R$ 547,00 e R$ 525,00, respectivamente.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 1,00% e saca a R$ 497,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com R$ 500,00 a saca e queda de 1,96%.
Na sexta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 484,60 com alta de 0,55%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou o pregão desta segunda-feira praticamente estável. O contrato setembro/16 anotou US$ 1825,00 por tonelada com avanço de US$ 2, o novembro/16 teve US$ 1855,00 por tonelada com US$ 2 positivos e o janeiro/17 anotou US$ 1874,00 por tonelada com valorização de US$ 3.
Na sexta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,25 com queda de 0,06%.
0 comentário 26695n

Colheita de café arábica do Brasil 2025 mostra safra menor e grãos melhores, dizem especialistas

Preços do café arábica recuam em mais de 3% em NY no início da tarde desta 4ª feira (28)

Café: Chuvas na Colômbia afetam a temporada 25/26, mas preços caem

Mercado do café segue volátil e apresentava queda nas bolsas internacionais na manhã desta 4ª feira (28)

Café/Cepea: Preços caem no Brasil, com destaque para o robusta

Clima traz instabilidade sobre os preços do café arábica, que encerram esta 3ª feira (27) com ganhos em NY