Com La Niña, dólar e preocupação com a oferta global no radar, café avança mais de 3% no exterior 4l444k
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O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (11) com expressiva valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações registraram 3,19% de alta, em mais um dia marcado pelas preocupações com os maiores produtores de café do mundo, além de uma sessão marcada pela desvalorização do dólar ante ao real.
Março/22 teve alta de 660 pontos, negociado por 213,30 cents/lbp, maio/22 teve alta de 640 pontos, cotado a 213,95 cents/lbp, julho/22 teve alta de 640 pontos, valendo 213,95 cents/lbp e julho/22 registrou alta de 635 pontos, valendo 214,20 cents/lbp.
A istração Oceânica e Atmosférica (NOAA) divulgou nesta quinta-feira (11) 90% de chance da ocorrência de um La Niña nos próximos meses, aumentando as preocupações com as condições do parque cafeeiro. As chuvas das últimas semanas foram suficientes para recompor parte do déficit hídrico, mas não recuperaram o poder produtivo da planta, e por isso a safra de 2022 ainda está cercada de incertezas.
"Os preços do café também subiram hoje, depois que o Centro de Previsão do Clima dos EUA disse que o padrão climático La Niña no Pacífico equatorial provavelmente aumentaria em força nos próximos três meses. Um La Niña mais forte pode levar a secas prolongadas na América do Sul, o que reduz a produção de café", destacou a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, o Itaú BBA divulgou análise do mercado nesta quinta, também chamando atenção para o La Niña. De acordo com a consultoria, o fenômeno tem como característica aumentar o volume de chuva na Colômbia e no Vietnã, o que poderia trazer ainda mais problema na oferta mundial de café.
Além do clima, o Itaú BBA destacou o elevado custo de produção no Brasil e os gargalos logísticos que devem continuar impactando os embarques no longo prazo. + Itaú BBA mantém cenário de alta no café e destaca preocupação com custo de produção, logística e La Niña
Ainda nos fundamentos, o Barchart destacou ainda a força do real brasileiro gerou cobertura de posições vendidas no mercado futuro de café. O real subiu para uma alta de 5 semanas em relação ao dólar hoje, desestimulando a exportação dos produtores de café do Brasil.
Em Londres, o pregão também foi marcado por grande valorização e os contratos encerraram o dia com ganho de 3,48%. Janeiro/22 teve alta de US$ 77 por tonelada, valendo US$ 2292, março/22 teve alta de US$ 62 por tonelada, cotado a US$ 2227, maio/22 teve alta de US$ 58 por tonelada, valendo US$ 2199 e julho/22 teve valorização de US$ 55 por tonelada, valendo US$ 2192.
No caso do conilon, os preços continuam com e na redução das exportações do Vietnã. As exportações de café do Vietnã, maior produtor de robusta, em outubro caíram 1,1% em relação a setembro, segundo dados reportados no dia pelo governo. Os embarques de café nos primeiros dez meses deste ano caíram 4,2% em relação ao ano anterior.
No Brasil, o mercado físico teve um dia de valorização em parte das praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,80% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.265,00, Varginha/MG teve alta de 1,56%, valendo R$ 1.300,00, Campos Gerais/MG registrou valorização de 1,59%, cotado a R$ 1.274,00, Franca/SP´teve alta de 2,36%, valendo R$ 1.300,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 0,81%, valendo R$ 1.230,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,72% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.380,00, Varginha/MG teve queda de 1,48%, valendo R$ 1.330,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.325,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.345,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.314,00.
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