Cecafé debate indicadores e resultados da cafeicultura regenerativa no campo 23552s
Ontem, 14 de maio, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou de reunião do Grupo de Trabalho Brasil (GTB) da Plataforma Global do Café (G), em Campinas (SP). O encontro reuniu pesquisadores, representantes dos setores de assistência técnica e extensão rural e atores dos diferentes segmentos da cadeia produtiva do café para discutir o monitoramento de práticas relacionadas à agricultura regenerativa e a avaliação dos resultados esperados em campo. 5w3m51
Os membros do GTB analisaram uma proposta de conjunto de indicadores de performance para acompanhar os resultados em campo da adoção das práticas de cafeicultura regenerativa em áreas temáticas especificas: água, biodiversidade, solo e ambiente facilitador.
Segundo a diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSS) do Cecafé, Silvia Pizzol, as contribuições e sugestões dos membros do GTB serão consolidadas pela equipe da G Brasil e novos alinhamentos ocorrerão com o objetivo de que o conjunto de indicadores alcance o necessário equilíbrio entre inovação e escalabilidade em campo.
“As discussões foram muito produtivas, destacando a importância das práticas de agricultura regenerativa para a resiliência dos cafés do Brasil. É importante lembrar que muitas dessas práticas já são adotadas na cafeicultura brasileira, mas têm o potencial de serem escaladas. São manejos que melhoraram os serviços ecossistêmicos, mitigando os impactos das mudanças climáticas sobre a atividade”, revela.
Silvia recorda que esse benefício já foi quantificado em pesquisas promovidas pelo Cecafé, com condução científica do professor Carlos Cerri, da Esalq/USP, e do Imaflora, as quais mensuraram a adicionalidade de carbono decorrente da transição do cultivo convencional de café para aquele que adota práticas que integram um conceito mais amplo de agricultura regenerativa, como o aporte de mais matéria orgânica no solo, a manutenção do solo sob cobertura vegetal e a preferência por insumos biológicos, favorecendo a biodiversidade.
Em Minas Gerais, o resultado foi um balanço negativo (sequestro) de carbono da ordem de 10,5 t CO2eq/ha/ano de café cultivado devido à adoção dessas práticas. Já no Espírito Santo, o balanço de carbono da cafeicultura de conilon se torna aproximadamente três vezes mais negativo, saltando de menos 3,01 toneladas de CO2 equivalentes por hectare ao ano no cenário de manejo convencional para menos 8,24 tCO2eq/ha/ano no cenário com práticas sustentáveis.
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