Cacau: Expansão das áreas de plantio e capacidade de processamento abrem oportunidades para o Brasil 7271v

Publicado em 30/05/2025 11:58
A Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores mundiais a amêndoa, ainda enfrentam problemas que pressionam a oferta global

O mercado do cacau enfrenta uma redução significativa na oferta global das amêndoas, o que provocou uma disparada nos preços internacionais da commodity em 2024 e 2025. Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores mundiais de cacau, ainda enfrentam os problemas que contribuem para esse cenário, e que não possuem rápida resolução no curto-médio prazo. Eventos climáticos extremos, o aumento das lavouras afetadas pelo vírus CSSV (Cacao Swollen Shoot Virus), e lavouras em idade avançada com baixa produtividade são alguns dos principais motivos que combinados resultaram no atual cenário, segundo relatório da Hedgepoint Global Markets. 4y5u3j

De acordo com análises da empresa, nesse sentido, o mercado do cacau ou a olhar com mais atenção para outras origens das amêndoas. “Da mesma forma, outros países produtores aram a investir na cultura tanto em produção quanto em capacidade de processamento, visto as oportunidades de mercado e preços atrativos da commodity, como Equador e Nigéria, que atualmente ocupam o terceiro e quarto lugar no ranking mundial de maiores produtores de cacau, respectivamente”, diz Carolina França, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets.

O Brasil, que na safra 23/24 foi o sexto maior produtor de cacau do mundo de acordo com a ICCO, já foi um dos maiores produtores e exportadores mundiais das amêndoas, mas ou por queda significativa de produção principalmente após o avanço da doença “Vassoura-de-bruxa” nas principais regiões produtoras. “Desde então, diversas pesquisas e projetos vêm sendo desenvolvidos no país com o objetivo de retomar a posição de destaque no setor global de cacau, o que ocasionou uma recuperação na produção das lavouras brasileiras nos últimos anos”, explica.

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A analista lembra que não foram efetuados investimentos somente na produção de cacau, mas também no processamento da amêndoa no país. Para suprir a grande capacidade de processamento, que atualmente é de quase 300 mil toneladas e maior do que a produção nacional, o Brasil importa cacau de outras origens. No acumulado desde o início de 2025, o volume de importações líquidas totais (importações – exportações) de cacau (amêndoas, pasta, manteiga e pó) foi cerca de 62% superior do que o mesmo período para o ano ado.

“Avaliando a participação do cacau e de seus subprodutos no fluxo comercial brasileiro, a maior parte das importações, considerando os últimos anos, correspondeu às amêndoas. O cacau em pó e a manteiga, que possuem maior valor agregado, lideram as exportações, destinadas principalmente a Argentina, reforçando o papel importante do Brasil no processamento de cacau”, diz.

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Carolina França ressalta que, recentemente, diversos projetos têm focado na expansão das áreas de cacau no Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil, dentre eles a maior fazenda de cacau do mundo, com uso de tecnologia e de clones com melhor desempenho agronômico. “Isso somado a capacidade de processamento existente no país possibilitam ao Brasil uma janela de oportunidade no mercado do cacau no médio prazo. Vale ressaltar que o país já possui como meta superar 400 mil toneladas de produção até 2030”, explica. 

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Fonte:
Hedgepoint Global Markets

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