Impacto limitado no milho: analistas avaliam efeitos da possível negociação entre EUA e China 5z7326
4f2m5j
A possível reaproximação entre Estados Unidos e China, que voltam a negociar neste sábado, em Genebra na Suíça, em meio à escalada da guerra tarifária, tem gerado expectativa no mercado global e deve ter efeitos variando bastante entre as principais commodities agrícolas.
Enilson Nogueira, Analista da Céleres Consultoria, avalia que, apesar da importância do tema, a guerra tarifária entre os dois países tem influência reduzida sobre o milho. “A China não importa volumes tão relevantes como faz na soja ou no algodão. Uma aproximação ou distanciamento teria, portanto, um efeito pequeno sobre os fundamentos de oferta e demanda e os preços globais do cereal”, afirma.
Por outro lado, Nogueira ressalta que o mercado como um todo pode sentir reflexos indiretos. “Um eventual acordo, com fim das tarifas, seria lido pelo mercado como sinal de menor incerteza, o que tende a reduzir a volatilidade e pode trazer alguma sustentação às cotações agrícolas na CBOT”, observa.
Leia mais: 1yy1d
+ China x EUA: O que os mercados querem saber de Genebra? Veja o que dizem os analistas
Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, segue na mesma linha e aponta que a preocupação maior está concentrada na soja. “Cerca de um terço das exportações americanas de soja tem como destino a China. No milho, o volume que os chineses compram é pequeno, entre 8 e 10 milhões de toneladas. Isso faz com que a influência no milho seja bem mais limitada”, explica.
Ele destaca ainda que uma possível retomada das exportações americanas de soja para a China poderia gerar impacto nos prêmios pagos no Brasil. “Se os EUA voltarem a exportar mais soja para a China, pode haver ajuste nos prêmios aqui. Mas no milho não se espera muita coisa, já que a China tem pouca participação nesse mercado”, conclui.
Apesar das incertezas, os analistas concordam que a leitura do mercado será cautelosa e dependente de avanços concretos nas negociações entre as duas potências.
0 comentário 26695n

Mato Grosso começa colheita de milho, com 0,31% da área total colhida, aponta Imea

Preços do milho no Brasil deverão ser mais impactados pela gestão da comercialização, do que pelo clima

Milho fecha 5ª feira em queda na B3 e em Chicago, em dia de ajustes e realização de lucros

IGC aumenta previsão da safra mundial de milho 2025/26 com leve revisão para Brasil

Radar Investimentos: comercialização da segunda safra de milho no Brasil avança lentamente

Clima adverso em regiões-chave de produção no mundo todo puxam preços do milho em Chicago e na B3