Ibovespa fecha quase estável com tarifas dos EUA no radar; GPA dispara 5212s
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou quase estável nesta quarta-feira, em sessão marcada por expectativas para o anúncio de tarifas pelos Estados Unidos, enquanto as ações do GPA dispararam após acionistas relevantes apoiarem proposta de mudanças no conselho de istração do varejista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,03%, a 131.190,34 pontos, tendo marcado 131.423,84 pontos na máxima e 130.392,6 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$17,3 bilhões.
Investidores aram o dia no aguardo do anúncio das tarifas recíprocas a parceiros comerciais dos EUA prometido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para esta quarta-feira, no que ele classificou como o "Dia da Libertação". Trump começou o discurso sobre as medidas pouco depois das 17h (horário de Brasília).
Analistas avaliam que o anúncio desta quarta-feira pode dar uma nova direção aos mercados globais, principalmente no curto prazo, mas não descartam volatilidade adicional uma vez que vislumbram manutenção de incertezas em torno do tema, dadas as possibilidades de escalada, reversões e retaliações.
De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, o Ibovespa encerrou praticamente no zero a zero, com agentes financeiros em modo espera para anúncio das tarifas.
Ele chamou a atenção para o comportamento mais fraco de papéis de empresas sensíveis ao mercado externo, reflexo de cautela diante da nova política comercial de Trump, enquanto ações de companhias mais atreladas à economia doméstica tiveram desempenho mais forte.
DESTAQUES
- VALE ON recuou 0,45%, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com elevação de 1,09%, a 791,5 iuanes (US$108,87) a tonelada. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON foi destaque negativo, com queda de 5,17%.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 0,27% e 0,51%, respectivamente, afastadas das mínimas do dia com a melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 0,62%. No setor, BRAVA ENERGIA ON perdeu 2,78% e PRIO ON cedeu 1,2%, mas PETRORECONCAVO ON subiu 2,09%.
- GPA ON disparou 15,84%, após a proposta do investidor Nelson Tanure de mudar o conselho de istração da empresa obter o apoio dos acionistas Casino e Ronaldo Iabrudi, que detêm 22,5% e 5,5% do capital do dono da rede de supermercados Pão de Açúcar. Para o Citi, um acionista focado em desbloquear mais fluxo de caixa pode mudar o jogo para o GPA.
- LOCALIZA ON valorizou-se 3,85%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do BTG Pactual destacando que dados da Fipe de março mostram tendências de melhora nos preços de carros usados. O spread implícito entre carros novos e usados em março também foi citado como particularmente positivo para o aluguel de carros.
- MAGAZINE LUIZA ON subiu 7,08%, em sessão mais positiva para papéis de empresas ligadas à economia doméstica. O índice de consumo na B3 avançou 0,95%, enquanto o do setor imobiliário fechou em alta de 0,67%.
- COGNA ON recuou 3,24%, em pregão marcado por evento do grupo de educação com analistas e investidores. A equipe do UBS BB destacou que, apesar do atual momento positivo, sentiu falta de mais visibilidade quantitativa sobre as novas vias de crescimento da empresa.
- ITAÚ UNIBANCO PN terminou com variação positiva de 0,03%, com o sinal positivo prevalecendo entre os bancos no Ibovespa. BRADESCO PN avançou 0,21%, BANCO DO BRASIL ON fechou com acréscimo de 0,07% e SANTANDER BRASIL UNIT subiu 1,69%. BTG PACTUAL UNIT valorizou-se 0,67%, tendo ainda no radar autorização do governo para importar energia da Venezuela.
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